Com cartazes em que se lia “Hartung, chega de corrupção! Capixabas exigem serviços públicos de qualidade” os servidores distribuíram à população chuchus e sabão em pó. O chuchu foi entregue em alusão aos três anos sem revisão anual dos vencimentos e à falta de auxílio alimentação, já o sabão em pó é uma referência a “lavar a corrupção” no governo Paulo Hartung (PMDB).
Durante o ato público, os líderes sindicais denunciaram o sucateamento dos serviços públicos, fruto de uma política de cortes lineares imposta pelo governador Paulo Hartung (PMDB) desde que assumiu governo pela 3ª vez, em 2015.
No fim do mês de junho, foi anunciado que o governo não concederia a revisão anual dos vencimentos pelo terceiro ano consecutivo.
Desta vez, a alegação para a não concessão da revisão – que é estabelecida pela Constituição Federal – foi o fechamento da Samarco e uma ligeira nova redução no valor dos royalties do petróleo. Ainda assim, o chefe de Gabinete do governo, Paulo Roberto Ferreira, assumiu, em reunião com os sindicatos que representam servidores, que o governo fechará o ano com novo superávit.
As entidades consideraram desrespeitoso o tratamento aos servidores diante de mais um ano sem a revisão. Como não há nenhuma margem para a negociação, as entidades vão convocar os servidores para paralisações. A próxima manifestação será no dia 14 de julho, em frente ao Tribunal de Justiça do Estado (TJES); e a última do mês em 21 de julho, em frente à Secretaria de Estado de Gestão e Recursos Humanos (Seger).
