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Democracia interna

A dificuldade que a esquerda tem, principalmente no caso do PT, é na democracia interna. Quando ocorrem divergências internas, no caso dos sindicatos, que são tradicionalmente redutos da esquerta, deveria haver uma intervenção pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), mas não vem acontecendo pelo fato de central estar por dentro das instituições.

Com essa falta de intervenção, a direita acaba por se articular de forma mais efetiva e ocupar os espaços deixados pela esquerda, manipulando a formação ideológica das pessoas e consegue cristalizar o pensamento deles dentro dos sindicatos.

Isso ocorre pela falta de democracia interna, que precisa ser respeitada, já que a garantia da democracia interna é um ponto de honra dentro dos sindicatos.

É preciso fazer um acerto nos estatutos para essa garantia. Um exemplo da falta dela é o fato de alguns sindicatos terem mandatos de diretoria de cinco anos, resultado de mudanças unilaterais nos estatutos feitas sem a devida publicidade.

O prejuízo dessa falta de democracia interna vem com o tempo e quem sofre são as categorias. Um presidente com mais de três mandatos perde o apreço pelo trabalho e a mudança vem para mudar a cabeça dos diretores e associados, dando novo rumo à luta sindical.

O prejuízo está colocado agora, com sindicatos acomodados ao ponto de perder a principal fonte de receita, que é o imposto sindical. Diga-se de passagem, é até bom, já que agora precisarão se virar para garantir. A consequência do fim do imposto é o fim de muitos sindicatos, que irão fechar sem essa receita. Aquele que conseguir resistir vai ter êxito, mas essa passagem vai ser dolorida.

Acorda, movimento!

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