Com a possibilidade de o processo do candidato mais bem votado da eleição do ano passado, em Fundão, Anderson Pedroni (PSD) chegar ao fim, depois que ele desistiu de recorrer, o ambiente político do município é de expectativa. A dúvida no mercado político é se com a diplomação de Adriano Ramos (PMN) se haverá nova eleição ou se o segundo colocado será empossado.
A expectativa maior é pela nova eleição, mas no grupo de Adriano Ramos ainda se alimenta a esperança de que o candidato seja empossado. O grupo de Pedroni é forte na cidade e uma nova eleição não atrai a participação do candidato.
Na eleição do ano passado, Pedroni conseguiu 77% dos votos do município, mas sua candidatura foi indeferida pela Justiça Eleitoral, isso porque ele teve as contas de 2011, quando assumiu a prefeitura de forma interina, rejeitadas.
Após a eleição, o juiz eleitoral do município, Alcemir dos Santos Pimentel, chegou a diplomar Adriano Ramos, mas o juiz Aldary Nunes Junior, do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), suspendeu a diplomação, afirmando que Ramos não poderia ser diplomado prefeito de Fundão, pois isso ignoraria a legislação eleitoral.
“O ato de diplomar os integrantes da chapa encabeçada pelo candidato José Adriano Rangel Ramos fere o regramento legal, gerando situação que subverte o normal andamento do processo político-eleitoral do município de Fundão. Incabível a diplomação do segundo colocado no pleito”, afirmou o magistrado em sua decisão.
Mas, como a diplomação foi suspensa e não anulada, Ramos alimentaria a esperança de ser diplomado. Mas, no entendimento do juiz eleitoral do TRE, o correto seria haver novas eleições na cidade, como aconteceu no último domingo (2), em Muqui, no sul do Estado. O caso foi parecido, mas aquele município, o segundo colocado na disputa, Aloísio Filgueiras (PSDB), que morreu no fim de 2016.
Caso esse cenário se concretize, Ramos não deve disputar a nova eleição. Enquanto isso, o município vem sendo administrado pelo presidente da Câmara Municipal, eleito em janeiro passado, o vereador Eleazar Ferreira (PCdoB), esse sim, estaria interessado em transformar o cargo interno em efetivo e deve participar do novo pleito.