A atual diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do Estado encerra seu mandato em novembro próximo, por isso, está em fase de preparação para a eleição. O sindicato não é o único, outras entidades devem passar pelo processo neste ano e no ano que vem. Para todas elas, vale o mesmo alerta: é hora de mudar as coisas, do jeito que estão não pode ficar.
A coluna já alertou em várias ocasiões sobre a necessidade de as entidades sindicais, deixarem a luta pela manutenção do poder de lado e se concentrarem no grande risco que o capital vem impondo às conquistas trabalhistas. Em um momento tão crítico como o que é vivido hoje no País, essa necessidade se torna ainda mais urgente.
A coluna espera que esse sentimento esteja nas movimentações dos metalúrgicos para a sua eleição. Que não se repita o processo passado, todo transcorrido em 15 dias e com resultados altamente questionáveis. E espera que o processo não se corrompa e acabe na justiça.
Essa prática tem se tornado comum nas eleições sindicais, como acontece com comerciários, construção civil e outros, que acabam deixando tudo nas mãos da Justiça que, por sua vez, tem tomado cada vez mais decisões desfavoráveis a todos os lados envolvidos.
Apenas a democratização do processo, com a participação ampla dos trabalhadores pode garantir eleições que fortaleçam o movimento sindical e a classe trabalhadora como um todo. Também é necessária a tomada de consciência de que o exercício da eleição sindical deve preparar o trabalhador para o processo eleitoral do próximo ano, tão fundamental para a democracia brasileira, hoje seriamente ameaçada pela influencia do capital.
Nunca é demais relembrar, que apenas o fim do imposto sindical vai conseguir fazer com que o movimento retorne ao seu ponto de partida, a busca de agregação dos trabalhadores em torno dos ideais de melhoria de vida da população, da defesa do trabalho e das garantias de vida digna para o trabalhador.
É hora de mudar e o movimento sindical tem as ferramentas para essa mudança, mas se continuar olhando apenas para o próprio umbigo, se perdendo em brigas internas pela manutenção do poder, estará tudo perdido.
A hora é agora!