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Seguro defeso do camarão será liberada pelo INSS

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) do Espírito Santo vai finalmente liberar o pagamento das duas parcelas do seguro defeso do camarão, referente ao segundo período da proibição de pesca, que aconteceu entre 1º de abril e 31 de maio, necessário para a reprodução dos crustáceos.

O pagamento – dois salários mínimos por pescador – estava bloqueado para os pescadores de Vitória a Conceição da Barra, atingindo cerca de 450 trabalhadores.

Álvaro Martins da Silva, presidente da Colônia Z-5, da Praia do Suá, conta que a categoria já havia recorrido ao Ministério da Agricultura, ao Ministério Público e outros órgãos afins, na tentativa de resolver o problema, pois, no INSS, os pescadores não recebiam qualquer esclarecimento.

“Todos conseguiram dar entrada, mas nunca receberam”, reclama, relatando que os atendentes do Instituto apenas diziam para “voltar daqui a quinze dias”, sucessivas vezes.

A notícia da liberação do seguro defeso foi dada pelo deputado federal Lelo Coimbra, que afirma ter recebido a informação de que, resolvida “uma falha do sistema interno do INSS”, os pagamentos serão feitos automaticamente pelo órgão, durante os próximos dias.

Álvaro conta que os pescadores aguardam agora uma solução para a indenização e o auxílio emergencial da Samarco/Vale-BHP, visto que 40% dos barcos de camarão de Vitória pescam na região de São Mateus, atingida pela lama de rejeitos.

Ao procurarem o Ministério Público do Trabalho de Colatina, foram informados de que têm direito sim a receber. A lista enviada para o MPT contém 293 nomes, de pescadores proprietários de barcos maiores, de 11 a 16 metros, que costumam viajar até a região para pescar. Mas até agora a empresa nem sua Fundação Renova fizeram o cadastraramento.

 

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