Além de iniciar o processo com quatro meses de atraso, segundo a Deliberação 58 do Comitê Interfederativo (CIF) de 31 de março último, a Renova convocou uma reunião para elaboração de um mapa falado onde serão identificadas as áreas e pessoas atingidas e, em seguida, realização de um levantamento.
“A Defensoria Pública está preocupada com a morosidade na assistência a essas comunidades, não vendo motivos para que mais estudos e levantamentos sejam feitos. Tanto que a questão já foi comunicada ao Comitê Interfederativo e aguardamos um posicionamento concreto e efetivo sobre o descumprimento da Deliberação 58”, afirmou o defensor público Rafael Mello Portella Campos.
O encontro foi agendado para o dia 10 de agosto, a partir das 9h, no centro de convivência da Associação de Pescadores, Catadores de Caranguejo, Aquicultores, Moradores e Assemelhados de Campo Grande (Apescama), em São Mateus, mesmo local onde foi criado o Fórum, no dia seus de setembro de 2016.
O Fórum está convocando os atingidos para que compareçam, visitando cada uma das comunidades: Pontal do Ipiranga e Barra Seca, em Linhares; Urussuquara, Campo Grande, Barra Nova Sul, Barra Nova Norte, Nativo, Fazenda Ponta, São Miguel, Gameleira e Ferrugem, em São Mateus.
A pescadora Eliane Balke, uma das coordenadoras do Fórum Norte da Foz, afirma que, em sintonia com o entendimento e reivindicação da Defensoria Pública, o que os atingidos devem exigir na região é o cadastramento de todos os pescadores, catadores de caranguejo, marisqueiros e assemelhados da região. “Não aceitamos nada menos do que isso”, decreta.