Ao deputado, os alunos relataram que não conseguem nem estágio nem emprego, já que as instituições, escritórios e empresas desconhecem a existência do curso. Para o deputado, além de criar os cursos técnicos, o Estado deveria divulgar a importância deles para o mercado e criar programas e parcerias, inclusive com as instituições e secretarias do próprio Estado para o encaminhamento dos alunos para estágios e empregos, do contrário, a criação destes cursos se torna inócua.
Os cursos técnicos e tecnólogos de Serviços Jurídicos já chegaram a ser questionados pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Em 12 de abril deste ano, a OAB emitiu uma nota repudiando a decisão do Conselho Nacional de Educação (CNE) em concordar com a manutenção destes cursos técnicos.
A entidade aponta que o aval para estes cursos pode criar uma classe indefinida de profissionais e atrapalhar a vida de bacharéis em Direito, formados por universidades autorizadas pelo Ministério da Educação (MEC) que encontram dificuldades de colocação profissional.
De acordo com a nota, “é preciso garantir a qualidade da formação dos bacharéis em direito. Os cursos técnicos e tecnólogos não são habilitados a formar bacharéis em direito, como já ficou claro em tentativas anteriores de autorizar esse tipo de curso”.