O deputado declarou, na sessão ordinária desta segunda-feira (14), que a unidade de Cachoeiro de Itapemirim tem cerca de 160 internos para 135 vagas e atende a 40 municípios da região sul e do Caparaó do Estado. Já a de Linhares atende a 30 municípios da região norte e noroeste e tem mais de 300 internos, entre a Unidade de Internação Provisória (Unip) e a Unidade de internação Socioeducativa (Unis), sendo que são 150 vagas no total.
Ele ressaltou que em Linhares nem metade dos internos tem acesso à educação, não por interesse da administração, mas por total falta de espaço. Os próprios adolescentes dormem no chão por não ter espaço para todos nas unidades. Naturalmente, nas salas de aula não há espaço para todos os internos que desejam estudar.
O pior acontece quando termina o prazo de internação, já que não há nenhum acompanhamento destes adolescentes, nem a cobrança para que permaneçam na escola, aumentando a possibilidade de reincidência.
O deputado ressaltou que a maioria dos jovens internados já estava fora da escola antes de entrar no sistema e questionou como o governo do Estado pretende reduzir os índices de violências, sendo que não há nenhuma campanha para reduzir a evasão escolar, pelo contrário, há o fechamento de turmas e escolas.
Para o deputado, de um lado, o governo fecha vagas na escola nem faz esforços para que os alunos permaneçam em sala de aula, de outro, quando a falta de oportunidades leva ao ato infracional e à internação em unidade do Iases, as medidas socioeducativas não são cumpridas e o adolescente permanece fora da escola. Ele salientou que é preciso pensar a segurança pública também pelo viés da educação.