terça-feira, novembro 26, 2024
26.6 C
Vitória
terça-feira, novembro 26, 2024
terça-feira, novembro 26, 2024

Leia Também:

Depois de liminar concedida à prefeitura, agentes de saúde de Vitória acabam com paralisação parcial

Os agentes comunitários de Saúde (ACS) e de Combate a Endemias (ACE) de Vitória aprovaram, em assembleia, o fim do da paralisação parcial deflagrada no início do mês como parte da luta pela aplicação do piso salarial nacional no município. O executivo municipal acionou judicialmente o Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado (Sindsaúde-ES) e conseguiu uma liminar (em tempo recorde) que determina o retorno imediato ao trabalho.

A paralisação parcial foi aprovada em assembleia-geral unificada no dia 3 de agosto, feita para cobrar do prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), que cumpra a Lei 12.994/14, que estabelece o Piso Salarial Nacional das categorias.

Apesar do retorno às atividades, o movimento dos agentes não deve acabar. Com o cumprimento da liminar, os servidores adotarão outras estratégias de reivindicação e também aguardam a chamada para negociação por parte do prefeito.

O salário-base dos agentes em Vitória é de R$ 873, menos que um salário mínimo, sendo o único município da Região Metropolitana da Grande Vitória (RMGV) que não aplica a lei do piso, que estabelece em R$ 1.014 o salário base de ACS e ACE.

A prefeitura alega que não têm como arcar com o impacto de R$ 62,5 mil ao mês, mas o Sindsaúde vê contradições no discurso em virtude de contratos de publicidade firmados pelo executivo municipal, que ultrapassam em muito esse valor.

O ato público dos agentes que deflagrou a paralisação parcial coincidiu com a sessão de prestação de contas do prefeito na Câmara de Vereadores de Vitória e os servidores também protestaram na sessão. Durante o protesto, os servidores chegaram a ser ironizados pelo prefeito, que disse que “abandonar o posto de trabalho no horário de expediente e ficar com gritaria não vai adiantar”.

Os agentes de endemias são fundamentais no controle da dengue, zika, febre amarela, chikungunya e da raiva animal, doenças que correm o risco de se alastrar pelo município. Já as demandas dos agentes comunitários de saúde têm crescido na Capital com a migração dos usuários de planos de saúde para a rede pública.

Mais Lidas