De acordo com informações do MPES, as diligências estão transcorrendo de forma tranquila e sem incidentes. Os mandados foram expedidos pelo juízo de Mucurici e têm como objetivo a apreensão de documentos, computadores, mídias e outros equipamentos e materiais para coibir novos delitos. Está sendo investigada a suposta prática dos crimes de corrupção ativa e passiva, peculato (desvio de dinheiro público), formação de quadrilha, fraude à licitação, tráfico de influência, dentre outros.
As investigações estão sendo conduzidas por cinco promotores de Justiça, do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco Norte) e da Promotoria de Justiça de Mucurici, com o apoio de policiais do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES. Após o cumprimento dos mandados, os promotores vão analisar os documentos apreendidos, além das declarações dos investigados, testemunhas e informantes. O prazo das prisões preventivas é de até 180 dias, de acordo com a lei.
Na terça-feira (29), o MPES deflagrou a primeira fase da Varredura, tendo como principal alvo o contrato de lixo na Prefeitura de São Mateus. Segundo o órgão ministerial, as investigações tiveram início em meados de 2016 depois de repetidas contratações sem licitação da empresa RT Empreendimentos, sediada em São Gabriel.
Esse desdobramento da Varredura já era previsto, porém, chama atenção a celeridade na deflagração de uma nova fase da operação. Em Ponto Belo, o serviço de lixo é prestado de forma emergencial pela empresa Aliança Serviços, que também possui outros acordos em municípios da região noroeste. Outra empresa investigada na operação é a Qualitar Limpeza e Soluções Ambientais Ltda. Segundo o MPES, há fortes indícios de que essas três empresas tenham a participação do empresário Richelmi Milke, conforme documentos apreendidos durante a apuração.