A Câmara de Vila Velha aprovou projeto de lei que obriga o Poder Executivo a executar obras de delimitação e sinalização das Áreas de Risco Ambiental no município. A matéria foi votada em segunda discussão e já seguiu para sanção do prefeito Max Filho (PSDB). Segundo o projeto, são áreas de risco os locais que podem sofrer acidentes de grande proporção, que comprometa a população ou o ecossistema.
A autoria da matéria é de Patrícia Crizanto (PMB), vereadora com reduto eleitoral em Morro da Boa Vista, localidade da região de São Torquato que escapou por milagre de uma grande tragédia em janeiro de 2016. O rolamento de uma rocha gigante destruiu diversas casas, deixando cerca de mil pessoas desabrigados ou desalojados. Ninguém morreu.
Segundo o projeto, o Executivo deverá analisar e declarar os locais considerados áreas de risco. Comunidades organizadas, organizações não governamentais e a Defesa Civil poderão sugerir delimitação das áreas.
Os locais deverão dispor de sinalização instalada no quilômetro anterior e posterior de sua extensão, as obras para minimizar os riscos de acidentes ambientais (amuradas de contenção, iluminação noturna, entre outros) e placas identificando o local, o perigo ambiental em potencial e a orientação do procedimento para avisar as autoridades responsáveis em caso de acidente.
Em 2012, um trabalho de mapeamento feito pela Defesa Civil em parceria com o governo federal identificou pelo menos 17 áreas de risco ambiental no município: Mangal, Guaranhuns, Prainha da Glória, Parque da Manteigueira, Ataide, Aribiri, Zumbi dos Palmares, Santa Rita, Alecrim, Vila Garrido, Cobi de Cima, São Torquato, Sagrada Família, Pedra do Búzio, Ilha da Conceição, Rio Marinho e Morro do Moreno.