Faltando menos de um mês para a eleição extemporânea no município de Fundão, o clima na cidade é efervescente, com os dois candidatos dividindo bem o eleitorado em suas campanhas, e a tendência é de que o clima esquente até 1 de outubro, quando acontecerá a votação. Provocações nas redes sociais e entre correligionários é o que não falta em uma disputa com apenas dois nomes no cenário: Pretinho Nunes (PDT) e João Manoel (DEM).
O grupo do pedetista mudou de estratégia, se no início estava evitando colar a imagem em Anderson Pedroni (PSD), candidato impugnado na eleição passada, agora aposta na transferência de votos. É que no período que antecedeu a disputa, comentava-se na cidade que muitos eleitores não estavam satisfeitos com o fato de terem de voltar às urnas e que isso aconteceu porque Pedroni não conseguiu cumprir a garantia feita no pleito de 2016, de que reverteria o processo na justiça.
Mesmo com cerca de 70% dos votos, não conseguiu tomar posse. O grupo tem investido contra o palanque do adversário, dizendo que ele esconde apoiadores, mas do lado do demista a situação é mais tranqüila, sem ataques diretos.
O discurso, porém, é duro. O fato de Fundão nos últimos anos não conseguir ter estabilidade política na prefeitura, incluindo a passagem de Pedroni pela administração, vem pautando a campanha de João Manoel, que já disputou três vezes o comando do município.
As convenções dos dois grupos no mês passado mostrou a divisão da cidade e das forças políticas, sinalizando que o pleito de outubro pode ser bem diferente do que aconteceu na cidade no ano passado. Enquanto Pretinho aposta na transferência de votos do aliado, o outro lado tenta conquistar os insatisfeitos com o processo eleitoral de 2016.