A decisão para a cessação da prisão preventiva do oficial – que completava 200 dias de prisão no dia em que foi concedida a liberdade – foi tomada em audiência de sumário de defesa do caso do tenente-coronel na Vara de Auditoria Militar. Foresti vai continuar afastado das atividades por estar em tratamento psicológico. Ele vai aguardar o julgamento em liberdade.
O Conselho Especial de Justiça, responsável por julgar os militares, entendeu que não restaram presentes os motivos que levaram à decretação da prisão preventiva do oficial, determinando a cessação.
O tenente-coronel Foresti ficou conhecido durante o movimento pela crise nervosa que o levou para o hospital. O oficial surtou ao saber que policiais que faziam o policiamento ostensivo a pé haviam sido baleados. Ainda sob forte emoção, ele fez circular um áudio na internet que chocou quem ouviu. Um verdadeiro desabafo sobre a situação de opressão à qual os policiais estavam sendo submetidos.
No dia 25 de fevereiro, data do encerramento do movimento, Foresti postou um texto no qual se mostra surpreso com a decretação de sua prisão. “Não me informaram o motivo até o momento, mas parece ser relativo ao movimento das esposas dos policiais militares”.
A defesa do oficial apontou que não havia motivos para a manutenção da prisão, visto que ele não representa risco à sociedade e à segurança pública e que o movimento dos familiares dos policiais militares já acabou. A defesa sustentou que ele não tem qualquer influência no movimento.