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Ex-vigilante de Fórum de Mucurici é denunciado pelo furto de armas de fogo

O Ministério Público Estadual (MPES), por meio da Promotoria Geral de Justiça de Mucurici (região noroeste), denunciou 12 pessoas, entre eles, o vigilante terceirizado Jair Pereira de Oliveira Filho, pelo furto de armas de fogo, munições e celulares das dependências do Fórum do município. Segundo a denúncia, Jair se aproveitou da condição de único vigilante do local para subtrair os bens sob a guarda da Justiça. Os furtos teriam começado no início de 2016 e ocorreram até meados deste ano. Ele e outras oito pessoas já estão presas pelos crimes.

Na ação penal, o promotor de Justiça, Edilson Tigre, que assina a peça, destaca que o próprio vigilante confessou a prática dos furtos, que teriam sido facilitados pelo fato de Jair ser o único responsável pela vigilância do local. Os crimes foram cometidos nos momentos em que não havia mais ninguém no prédio (recessos, feriados ou intervalos de trabalho). “Tudo isso de forma sorrateira, espaçadamente e com consideráveis intervalos entre todas as ações delituosas”, narra a denúncia.

Segundo o MPES, a investigação policial conseguiu localizar 11 das 17 armas de fogo roubadas, assim como foi possível rastrear a maioria dos aparelhos de celular furtados. A ação indica que o vigilante contava com o apoio de dois comparsas na venda dos itens. Enquanto os celulares seriam comercializados por João Carlos Vieira, vulgo “João da Viola”, as armas eram revendidas por José Alves de Cruz, vulgo “Zeca da Cadeira de Rodas”. O comércio clandestino ocorria nos municípios de Mucurici, Ponto Belo e Ecoporanga.

Além dos responsáveis pelo furto e comercialização dos bens subtraídos do Fórum, o promotor também ofereceu denúncia contra as pessoas que compraram os itens pelo crime de receptação culposa. Também foram denunciadas as pessoas que compraram armas de fogo ou munições pelos crimes de receptação dolosa e de porte ilegal de arma de fogo. Jair também foi denunciado por peculato-furto, já que pode ser equiparado a um servidor público, mesmo sendo um funcionário terceirizado. As penas podem chegar até 11 anos de prisão.

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