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Um palanque para Marina

A vinda da presidenciável Marina Silva ao Estado nesta sexta-feira (15) coloca no tabuleiro eleitoral do Estado uma questão a ser resolvida. Não é segredo que o prefeito da Serra, Audifax Barcelos (Rede) vem sendo pressionado a entrar na disputa desde que foi reeleito em 2016. 
 
Mas ele não quer disputar nada em 2018. Chegou a fazer alguns movimentos no início do ano, mas logo entendeu que isso seria uma traição ao eleitorado da Serra se deixasse a prefeitura no meio do mandato, depois de uma disputa surreal pela reeleição à prefeitura.
 
Ao colocar-se como não candidato, Audifax Barcelos vira um importante eleitor e vem sendo disputado pelo grupo do governador Paulo Hartung (PMDB) e pelo grupo da senadora Rose de Freitas (PMDB). Mas Audifax continua tendo o compromisso de erguer no Estado um palanque que abrigue sua presidenciável. 
 
A vinda de Marina, anunciada na véspera, depois de uma semana em que o prefeito se destacou como alvo de disputa dos dois grupos parece deixar um recado para os interessados em ter o prefeito ao seu lado no palanque. Audifax vai ser acomodado em um palanque que permita o trânsito de Marina Silva em 2018 no Estado.
 
Nos palanques que se desenham para o próximo ano, o do governador Paulo Hartung (PMDB) não sinaliza ainda um nome que possa encabeçar uma candidatura presidencial ou mesmo como vice. Rose de Freitas está no PMDB e não vai sair e o partido não tem candidato a presidente também, mas sua aproximação com o ex-governador Renato Casagrande (PSB) pode acomodar a movimentação do ninho socialista em nível nacional. Então, resta saber qual palanque vai caber Marina Silva no Estado.
 
Fragmentos:
 
1 – A guerra política no município de Itapemirim, no sul do Estado, parece não ter fim mesmo. Agora a defesa do prefeito afastado Luciano Pereira (Pros) acusa a Procuradoria do município de tentar atrapalhar seu retorno à Prefeitura, porque a houve uma petição da Procuradoria no pedido habeas corpus impetrado pela defesa do prefeito afastado, alegando perigo ao município, caso Luciano Pereira retorne ao cargo. 
 
2 – E se retornar, Luciano Pereira terá novamente um mandato de conflito com seu vice, Thiago Peçanha (PSDB). O que aconteceu na gestão passada com a vice Viviane Peçanha, que acabou compondo chapa na eleição do ano passado contra o prefeito afastado.  

 

3 – A Câmara da Serra segue dividida em dois grupos: de um lado apoiadores da presidente Neidia Pimentel (PSD) e do outro do vereador Rodrigo Caldeira (REDE). Mas no frigir dos ovos, isso não atrapalha os interesses do prefeito Audifax Barcelos (Rede) que tem conseguido aprovar seus projetos sem grandes dificuldades na Casa.

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