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Desde que o governador  Paulo Hartung ascendeu ao Palácio Anchieta, nos idos de 2003, uma prática de mostrar responsabilidade e comprometimento com a reconstrução moral do Estado se estabeleceu na Assembleia. Faça chuva, faça sol, o presidente da Casa devolve no fim do ano algum trocadinho não utilizado pelo Legislativo durante o período. Isso sempre foi visto por grande parte da imprensa capixaba como um exemplo a ser seguido. 
 
E a prática se espalhou pelo Estado, com as Câmaras Municipais devolvendo os recursos para as prefeituras no fim do ano, em uma festa da economia. Para a frente das câmeras, tudo sempre foi muito bonito, mas saber que fim levou esses recursos e se era realmente necessário fazer essa devolução é que são elas. 
 
Quem frequenta o prédio da Assembleia Legislativa conhece a realidade periclitante da Casa. A fachada teve de ser restaurada, quando já estava se tornando perigosa para a população. O ar condicionado do plenário ficou anos quebrado. A sala de imprensa se constitui de um balcão e algumas cadeiras para os jornalistas acompanharem a sessão. Não tem rede de internet, não tem um computador disponível, às vezes não tem nem copo descartável ou papel no banheiro. 
 
Mas isso nunca foi impedimento para que os presidentes, de Claudio Vereza a Theodorico Ferraço (DEM), fizessem a anual solenidade de devolução de recursos oriundos de um “superávit” da Casa. Mas será mesmo que era superávit? Não poderiam os recursos serem usados na conservação do prédio e aquisição de recursos materiais que tornassem menos penosa a ida ao legislativo?
 
O problema é que toda vez que algum presidente da Assembleia anuncia algum investimento na Casa, isso é tratado como absurdo. O poder legislativo no Brasil anda tão desgastado, que é fácil identificar qualquer ação interna como uma ação divorciada da realidade. Afinal, os tempos são de economia, algo que o Executivo parece estar blindado. 
 
Fragmentos: 
 
1 – O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Joaquim Barbosa já disse que se for candidato será pelo PSB, por isso, a ideia de que ele poderia fazer uma dobradinha com o governador Paulo Hartung (PMDB) na vice, vai por água abaixo. 
 
2 – O Palácio Anchieta nega que Hartung iria para o PSB, além disso,  quem parece estar à frente das conversas do PSB nacional é o ex-governador Renato Casagrande, o que tornaria ainda mais difícil uma aproximação com o partido. 
 
3 – Para onde Hartung vai pode até ser um assunto para depois, mas a saída do PMDB é uma coisa que o governador deveria considerar urgente, diante do desgaste do presidente Michel Temer.

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