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Majeski deve bater asas

O PSDB capixaba vive um momento de decisão. Pode escolher a independência e o fortalecimento do partido em todos os níveis ou se manter como coadjuvante no projeto do governador Paulo Hartung (PMDB). Para conquistar o caminho da independência, o PSDB teria que assumir o protagonismo das decisões sobre o processo eleitoral do próximo ano, afastando-se da base ou se mantendo neutro. 
 
Mas o PSDB pode escolher o papel de partido auxiliar de Hartung, vivendo da acomodação de algumas lideranças no governo e continuando pequeno em nível estadual. Sim, apesar de grande nacionalmente, no Espírito Santo, o PSDB é um partido pequeno. Ao escolher a manutenção da aliança com Hartung, o partido não se fortalece, pelo contrário, se apequena, assim como fez seu grande adversário, o PT. 
 
No encontro do diretório estadual que acontecerá neste sábado (30), a pequena lavanderia que fica próxima à sede do partido na Praia do Suá, não dará conta de tanta roupa suja que é preciso ser lavada. E muita coisa do futuro do partido deve sair alinhavada dali, pelo menos uma indicação de caminho. 
 
A tendência hoje é pela segunda escolha, o que deve fechar questão sobre outro impasse no partido. Embora um grupo de tucanos tente a todo custo defender a permanência do deputado estadual Sergio Majeski na sigla, inclusive com a pretensão de lançá-lo a cargos majoritários, a composição em torno da eleição de Colnago para o comando do partido deve ser definitiva para sua saída do PSDB. 
 
Será vantagem mesmo para o PSDB fazer essa troca? É claro que para as lideranças que vão se acomodar no palanque de Hartung, o próprio Colnago e o senador Ricardo Ferraço, será vantajoso, sim. Mas o partido perde a condição de mostrar alguma força política, o que Majeski poderia fazer, ainda que entrasse em uma disputa ao governo e perdesse, sairia maior e aumentaria o capital político tucano no Estado. 
 
Mas grande parte do partido hoje entende que é melhor deixar como está. Hartung não tem mais o mesmo poder de fogo de antes, sua vela está se apagando e o PSDB quer crer que será herdeiro do espólio hartunguista em 2022, mesmo já tendo sido alijado outras vezes pelo governador. Bom, escolha é escolha. 
 
Fragmentos:
 
1 – Tanto apertou o governo Paulo Hartung que conseguiu fazer seu colchão. Segundo o secretário de Fazenda, Bruno Funchal, na prestação de contas da pasta, na Assembleia Legislativa, nessa segunda-feira (25), a expectativa é de que o governo feche o ano com um superávit de R$ 335 milhões.
 
2 – A “sobra”, se é que se pode falar em sobra no serviço público, deve reforçar o discurso que o governador tem levado Brasil afora de excelência em gestão, sempre tomando como exemplo negativo a situação periclitante do vizinho Rio de Janeiro. 
 
3 – Mas em serviço público, quando sobra de um lado, é sinal que está faltando do outro. Quem precisa dos serviços de saúde, educação e segurança do Estado que o diga.

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