Em todo o País, os portuários lutam contra a privatização das administrações portuárias, as mudanças no sistema de trabalho portuário, a redução da área de porto organizado e o monopólio empresarial nas administrações.
A adesão à paralisação nacional foi definida na plenária “Trabalhadores nos Portos Brasileiros contra a Privatização da Codesa”, que reuniu empregados do setor representados pela Federação Nacional dos Conferentes e Consertadores de Carga e Descarga, Vigias Portuários, Trabalhadores de Bloco, Arrumadores e Amarradores de Navios (Fenccovib); Federação Nacional dos Portuários (FNP); e Federação Nacional dos Estivadores (FNE) em 21 e 22 de setembro, em Vitória.
Em menos de um mês é o terceiro protesto de portuários no Estado contra a privatização das administrações. No dia 5 de setembro foi feito o primeiro “Abraço ao Porto” do ano. De mãos dadas, os trabalhadores formaram uma corrente humana em torno do porto, mostrando à sociedade a necessidade de união das categorias para defender o patrimônio público.
Já no dia 22 de setembro houve outro protesto, como parte da plenária das três federações, com a participação de portuários de todo o País, contando com uma caminhada do portão de entrada de veículos até o prédio IV da Codesa.
As categorias temem a criação de um modelo portuário que trará monopólios e cartéis, fazendo com que cargas deixem de operar pelos portos locais. Além disso, trabalhadores serão demitidos e até mesmo os concursados e operadores portuários vão perder espaço para grandes empresários.