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Hartung não tem nome para manter legado caso não dispute a reeleição

Se as articulações do ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga de colocar o governador Paulo Hartung em uma chapa presidencial, na condição de vice, avançar, o peemedebista passa  a ter um problema no Estado: terá que “construir” às pressas, coisa que não fez nesses anos, uma liderança em condições de sucedê-lo no Palácio Anchieta e se manter como sentinela do seu legado. 
 
A política centralizadora do governador impediu que outros membros de sua equipe conseguissem ganhar musculatura suficiente para uma disputa ao governo. As lideranças palacianas se prepararam para uma disputa proporcional. Até mesmo o vice César Colnago vinha vislumbrando uma disputa de deputado federal. Nos últimos dias, diante do fortalecimento de seu nome para a disputa interna do comando estadual do PSDB, surgiu a ideia de uma repetição da chapa vencedora de 2014: Hartung-Colnago.
 
O governador estaria trabalhando com as duas possibilidades: tanto de ganhar a musculatura de que precisa para se inserir no debate nacional quanto o fortalecimento para a disputa à reeleição no Estado. Com o surgimento de um movimento anti-Hartung forte no Espírito Santo, o governador teria dificuldade hoje para a reeleição. 
 
Mas no cenário nacional, graças a uma estratégia de marketing, consegue projetar uma imagem artificial de excelência em gestão que lhe dá alguma chance na articulação nacional. Mas para os meios locais, o governador só deixaria o cenário estadual se conseguir a garantia de que o governo ficará nas mãos de um aliado. Isso seria a garantia de acordos do governador, sobretudo com a classe empresarial do Estado, além de manter intacto seu legado. 
 
O governador tem tentado se aproximar de algumas lideranças, mas nenhuma delas teria a confiança necessária do governador para manter o seu legado. Em 2014, após ser obrigado a fazer um acordo com o PSB de Renato Casagrande, Hartung garantiu a manutenção do seus sistema de governo, mas para isso manteve vários nomes de confiança no governo do socialista. Para a disputa do próximo ano, o governador não teria uma liderança que tivesse a musculatura necessária e a confiança para o cargo. 
 
Ainda mais para a disputa em um cenário que pode ter opositores fortes na eleição, o que levaria o governador ao risco de ver o Palácio Anchieta e o controle político do Estado nas mãos de um adversário. 

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