A Agência de Regulação dos Serviços Públicos (Arsp) rejeitou a proposta de instalação de barreira de vidro para aumento da segurança na Terceira Ponte e fixou prazo até 13 de novembro para a concessionária Rodosol apresentar estudos com a tecnologia de cabos de aço sustentados por estruturas verticais inclinadas. Segundo a agência, a tecnologia tem os custos menores de fabricação e manutenção como vantagens.
A proposta anterior, apresentada mês passado, previa guarda-corpo, que hoje mede 1,20 metro, com 2,10 metros de altura, e foi estimada em R$ 16 milhões. O reajuste tarifário e a prorrogação de contrato foram alternativas aventadas para cobrir o custo das obras.
Para a rejeição da proposta de barreira de vidro, a agência considerou ações de vandalismo, que poderiam causar desprendimento de parte das placas de vidro e risco de queda em pessoas e veículos. Materiais como policarbonato e o acrílico também foram estudados, mas, mesmo apresentando resistência a ações de vandalismo, mostraram-se pouco resistentes aos impactos das intempéries.
Um dos obstáculos para a instalação de barreiras de proteção na ponte são os processos judiciais que envolvem a concessão. Em 2014, o Ministério Público de Contas (MPC) apresentou pedido de suspensão cautelar do contrato de concessão com base nas conclusões do relatório que revelou um suposto desequilíbrio econômico-financeiro em favor da concessionária.
No relatório final da auditoria, a área técnica apontou o ganho indevido de R$ 613 milhões em favor da empresa. A defesa da Rodosol nega as irregularidades.