A capacidade limite da sala de emergência é de seis pessoas, sendo quatro em respiração artificial. O número excessivo de pacientes nos respiradores pode gerar pane no sistema.
Não bastasse a superlotação do hospital, os parentes de pacientes estavam impedidos, desde o último sábado (14) de visitar os familiares, segundo denúncia do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado (Sindsaúde-ES). As notícias sobre o estado de saúde dos pacientes eram dadas aos familiares na rampa de acesso ao hospital.
A superlotação também atrasou a divulgação dos boletins médicos na unidade nesta segunda-feira, já que os médicos não conseguiam finalizar os documentos a tempo em virtude do grande número de pacientes. A divulgação, que é feita às 11 horas, só saiu às 15 horas devido à quantidade de pessoas que estão na unidade.
Em Vila Velha, a superlotação também é vivenciada no Hospital Infantil e Maternidade de Vila Velha (Himaba), que teve gestão terceirizada ao Instituto de Gestão e Humanização (IGH) no início de outubro. No fim de semana, a mãe de uma criança internada no hospital gravou um vídeo denunciando que não havia leitos para todos os pacientes, que acabaram ficando em cadeiras ou nos próprios carrinhos enquanto recebiam tratamento.
O Sindsaúde também denunciou que a empresa que assumiu a gestão do Himaba extinguiu o contrato com a responsável pela triagem e classificação de risco dos pacientes, o que agravou a superlotação.