Atualmente, o Espírito Santo tem dois períodos: de 15 de novembro a 15 de janeiro e de primeiro de março a 31 de abril, totalizando quatro meses.
A garantia foi dada na última quarta-feira (18), em reunião em Brasília entre o ministro, o diretor de Biodiversidade do Ministério, Ugo Fichler Vercillo, o deputado federal Lelo Coimbra (PMDB), e o ex-superintendente da Pesca no estado Rafael Castro. A promessa é de estabelecer o período de primeiro de dezembro até final de fevereiro para a proibição da pesca no litoral capixaba, dando aos pescadores artesanais registrados no Estado o direito ao seguro defeso.
O atendimento a essa antiga pauta dos pescadores artesanais capixabas vai ser benéfico não só para a pesca, mas também para a conservação ambiental, na opinião do presidente da Colônia de Pesca Z-5, Praia do Suá, Álvaro Martins da Silva.
“O Ibama também está nos apoiando. No verão, o camarão vem pra beira da praia, fica mansinho. Agora, quando acabar o defeso, em março, ele já está maior, mais distante da praia. Vai aumentar muito o camarão, o triplo que tem hoje”, explica Álvaro.
Outra demanda que recebeu sinalização positiva de Sarney Filho, segundo o deputado federal, foi a regionalização da pesca do camarão, autorizando somente barcos registrados no Espírito Santo a pescarem no litoral capixaba. O objetivo é impedir a atuação de barcos do Rio de Janeiro e do Sul do país, principalmente.
Com as duas medidas, Álvaro acredita que o aumento do estoque do crustáceo será ainda maior. “Pode até baixar o preço”, diz.
Atualmente, a frota camaroneira capixaba tem cerca de 450 barcos, 180 deles registrados na Capital. “Setenta por cento do camarão do Espírito Santo é pescado em Vitória”, informa o presidente da Colônia Z-5.