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No ‘Dia D contra a Terceirização’ servidores da saúde demonstram insatisfação com governo

Os servidores da saúde estadual fizeram, nesta quinta-feira (26), o “Dia D contra a Terceirização dos Hospitais Estaduais” em frente à Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), na Enseada do Suá, em Vitória. Durante o ato público, os participantes foram impedidos de entrar na sede da secretaria para se reunir em assmbleia geral. A Polícia Militar chegou a ser chamada, apesar de se tratar de um ato pacífico.

Durante a manifestação dos servidores, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do Estado (Sindsaúde-ES), os dirigentes da entidade se revezaram em denunciar os altos gastos da pasta com aluguéis, enquanto os servidores e as próprias unidades que ainda estão sob administração direta padecem com falta de recursos.

Eles lembraram que, em Colatina (noroeste do Estado), uma área para abrigar a nova sede do Hospital Silvio Avidos está sendo alugada pelo valor de R$ 320 mil mensais, em um contrato de 20 anos. A própria sede da Sesa, tem aluguel estimado de R$ 600 mil.

Os servidores apontaram que não têm nada a comemorar no dia 28 de outubro, quando é celebrado o Dia do Servidor Público, já que estão insatisfeitos, sem reajuste salarial ou revisão anual dos vencimentos e sem condições de trabalho.

Diante do impedimento em entrar na secretaria para a assembleia, o Sindsaúde vai denunciar o secretário de Estado de Saúde, Ricardo de Oliveira, por prática antissindical. A entidade enfatiza que a sede é um prédio público mantido com recursos públicos e que o Dia D é um movimento pacífico de reivindicações, sem a intenção de depredar, apenas de demonstrar a insatisfação dos servidores.

O foco da manifestação também foi o protesto contra a terceirização irrestrita da gestão de hospitais estaduais. Com a terceirização, profissionais experientes e bem treinados têm sido substituídos por Organizações Sociais (OS), que são empresas privadas que contratam profissionais por valores abaixo do mercado e com pouca prática, aumentando a probabilidade de erros e a rotatividade nas unidades.

No Estado, já foram terceirizados os hospitais Central e Estadual de Urgência e Emergência (Heue), em Vitória; Infantil e Maternidade de Vila Velha (Himaba); e Jayme Santos Neves, na Serra.

Além dos hospitais já terceirizados, há a intenção de terceirizar a gestão do Hospital de São José do Calçado (HSJC), na região do Caparaó; o Hospital Silvio Avidos, em Colatina, na região noroeste; e o Hospital Estadual Roberto Arnizaut Silvares, em São Mateus, no norte do Estado; além do Hospital Dra. Rita de Cássia (HDRC), em Barra de São Francisco (noroeste do Estado).

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