A denúncia (009/2017) foi protocolada no início da semana pelo Pros de Luciano de Paiva, em conjunto com o PSB – que tem representatividade na Casa. Segundo o texto, a gestão interina pagou benefícios do programa, criado no início de agosto, sem a abertura de crédito suplementar, com isso mascarando o registro da despesa. Pelo mecanismo do benefício, o Município arca com R$ 50 do valor do botijão de gás e o restante (R$ 30) fica por conta do cidadão beneficiado. O preço pago, supostamente acima do valor de mercado, também é questionado na peça.
Na votação da denúncia, seis vereadores foram favoráveis à abertura do processo que pode levar à cassação do vice-prefeito. Já foram definidos os integrantes da comissão: Joceir Cabral de Melo (PP), presidente; Paulo Sérgio de Toledo Costa (PMN), relator; e Mariel Delfino Amaro (PC do B). Nos bastidores, a informação é que dois integrantes fazem parte da oposição ao interino, sendo que o próprio Joceir votou pelo recebimento da denúncia. A abertura da comissão revela uma mudança de comportamento da Câmara que antes já havia rejeitado outros pedidos de investigação contra Doutor Thiago.
Na mesma sessão, os vereadores aprovaram um requerimento de informações sobre o programa auxílio gás. O pedido foi assinado por sete vereadores, entre eles, Joceir e Paulo Sérgio, que integram a comissão processante. Eles querem saber o motivo do não pagamento aos fornecedores de gás, bem como os critérios para credenciamento dos vendedores autorizados a receber os vales do município. O pedido não tem relação com a comissão – que deve se reunir pela primeira vez ainda esta semana.