Segundo as investigações do MPES, o empresário participou de diversos processos licitatórios e contratações diretas nas regiões norte e noroeste do Estado, de forma direcionada e fraudulenta. Para tanto, ele utilizou outras empresas que integravam o mesmo grupo criminoso e obteve ajuda de servidores públicos para realização das fraudes.
Desde a deflagração da operação, no final de agosto, o Ministério Público alega ter recebido a contribuição de vários advogados e testemunhas que têm procurado os promotores para denunciar novos fatos e contribuir para as investigações. O órgão ministerial afirma que a Operação Varredura deve se estender para outros municípios. Já foram cumpridas ordens judiciais nos municípios de São Mateus, Jaguaré, São Gabriel da Palha e Vila Velha – este último por conta da residência de um investigado.
Nesta ação penal, o MPES requereu a prisão preventiva de Richelmi e dos sócios da empresa Qualitar (Edson Antônio Almeida e Luiz Otávio Almeida), que também faria parte do esquema. Também foram denunciados: Tiago Guimarães Teixeira, representante das empresas RT e Qualitar; o secretário de Infraestrutura de Ponte Belo, Claudiele Pereira da Penha; o procurador do Município, Jackson José Kretli; o técnico contábil, Emídio Ferreira de Souza; e os servidores Cassio Canuto de Melo, Aleson Batista de Souza, Silmar Queiroz Silva e Ronaldo Souza Reis.
O MPES também requereu que os cinco servidores públicos envolvidos sejam suspensos do exercício de suas funções e tenham os vencimentos reduzidos em 60% durante o tempo em que durar o processo. Todos os pedidos serão apreciados pelo juízo da comarca de Mucurici, onde tramitam as ações penais relativas à operação policial.