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Defeso do camarão proíbe pesca, transporte e comercialização até o próximo dia 15 de janeiro

A pesca, transporte e comercialização de cinco espécies de camarão estão proibidos em todo o Espírito Santo desde a última quarta-feira (15), quando teve o início do defeso de cinco espécies do crustáceo, com objetivo de proteger sua reprodução.

A proibição, a princípio, perdura até o dia 15 de janeiro, mas tende a ter o prazo alterado na próxima semana, quando deve entrar em vigor uma nova normatização por parte do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

“Até terça-feira, quinta-feira no máximo entra a nova portaria do Ibama”, informa Álvaro Martins da Silva, o Alvinho, presidente da Colônia de Pesca Z-5, da Praia do Suá, em Vitória.

Segundo Alvinho, a promessa foi anunciada aos pescadores da Capital pelo deputado federal Lelo Coimbra (PMDB), que há meses negocia, em Brasília, o atendimento de uma pauta dupla dos pescadores artesanais capixabas, voltada ao defeso do camarão.

Uma das demandas é por um período único de defeso, de três meses, como acontece no restante do país. Atualmente, o Espírito Santo é o único a ter dois períodos de defeso, que totalizam quatro meses de proibição de pesca: este de 15 de novembro a 15 de janeiro, e um segundo que começa em primeiro de março e termina no dia 30 de abril.

A nova portaria prometida para a próxima semana, explica Álvaro, trará o período de primeiro de dezembro a 28 de fevereiro.

A outra demanda é pela regionalização da pesca, ou seja, permitir que apenas barcos registrados no Estado possam pescar o camarão, evitando assim, a entrada de barcos grandes, vindos principalmente do Rio de Janeiro e do sul do País.

Ambas, segundo foram informados os pescadores, serão atendidas pelo Ibama. A nova normativa deve ser publicada cerca de um mês depois de uma reunião, ocorrida em Brasília, em que o Ministério do Meio Ambiente (MMA) se comprometeu a atender aos pleitos.

O atendimento a essa antiga pauta dos pescadores artesanais capixabas vai ser benéfico não só para a pesca, mas também para a conservação ambiental, na opinião do presidente da Colônia de Pesca Z-5.

“O Ibama também está nos apoiando. No verão, o camarão vem pra beira da praia, fica mansinho. Agora, quando acabar o defeso, em março, ele já está maior, mais distante da praia. Vai aumentar muito o camarão, o triplo que tem hoje”, explica Álvaro.

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