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Senador pode ser alternativa caso Colnago não se viabilize ao governo

Desde essa sexta-feira (17), o governador Paulo Hartung entregou a máquina administrativa nas mãos de seu vice, César Colnago (PSDB), para que ele tenha a chance de rodar o Estado e partir para uma segunda fase de fortalecimento de sua imagem rumo a 2018. O projeto de Colnago, porém, estaria vinculado à decisão de Hartung de não disputar a reeleição. Mas para algumas lideranças políticas, o tempo para Colnago se credenciar ao governo pode ser curto. 
 
Nos últimos três anos, Hartung não construiu um nome para sucedê-lo no Palácio Anchieta. Um nome que tivesse a mesma capacidade que ele tem de intimidar os eventuais adversários e manter o jogo político sob controle e que também fosse capaz de construir uma imagem positiva com o eleitorado. 
 
Colnago, diferentemente dos vices anteriores de Hartung (Ricardo Ferraço e Lelo Coimbra), não teve secretarias fortes e de imagem difundida para garantir um palanque na base de Hartung, o que sugeria à classe política que o governador disputaria a reeleição para um quarto mandato.
 
Mas na reta final de 2017, os movimentos de Hartung se voltaram de forma mais intensa para o cenário nacional. A partir da vitória de Colnago na disputa interna do PSDB, a percepção do mercado é de que o governador tenta fortalecê-lo para que possa disputar em seu lugar no próximo ano. 
 
Hartung, porém, não estaria apostando todas as fichas em um só jogador. O fato de Ricardo Ferraço voltar a se movimentar ao lado dele pelo Estado – e até nesta incursão rápida pelos Estados Unidos – indicaria uma possibilidade de o governador trabalhar também com a imagem do senador, para o caso de o projeto de Colnago não decolar. 
 
O governador chegou a oferecer ao senador a proposta de sucessão no início do ano, quando tentou migrar para o PSDB. A ideia era Ricardo “trocar” a com Hartung o Senado pelo governo. Mas Ricardo Ferraço não teria aceitado a proposta. Depois de ter sua candidatura ao governo desconstruída em 2010, o senador não teria, naquele momento, confiança nas promessas do governador de que seria encaixado em seu projeto político. 
 
Outra proposta que teria sido oferecida por Hartung a Ricardo Ferraço seria a vice em uma eventual chapa à reeleição, mas o senador também teria recusado. A questão é que o tempo passou e o cenário político mudou. O campo para a eleição ao Senado se mostra bem estreito, colocando em risco a reeleição do tucano. Por isso, neste momento, a possibilidade de ele considerar outra acomodação parece mais atraente.

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