A mãe foi informada sobre a compatibilidade pouco antes da entrevista coletiva e, abalada emocionalmente, não teve condições de liberar o corpo da filha do Departamento Médico Legal (DML) de Vitória.
A revelação do resultado do exame põe fim à angústia da mãe em não saber o paradeiro da filha, mas também aumenta a tristeza dela em saber que a criança não voltará ao convívio da família.
O laudo da necropsia atestou que a menina não morreu por afogamento, por isso, as investigações prosseguem para determinar a causa da morte. O delegado vai pedir prorrogação da prisão temporária do suspeito do rapto e morte de Thayná, Ademir Lucio Ferreira Araújo, para que ele não interfira nas investigações.
Ele foi preso em 13 de novembro, em Porto Alegre, Rio Grande do Sul, onde foi localizado depois de investigação da Polícia Civil. Os policiais do Estado entraram em contato com outros delegados do País, principalmente dos estados em que ele já havia cometido crimes, como Minas Gerais, São Paulo e Rio Grande do Sul, onde, inclusive, mora um filho de Ademir.
Quem exerceu pressão para que as investigações fossem intensificadas foi a mãe da menina. Clemilda foi a responsável por conseguir o vídeo que mostra a menina entrando no carro do acusado – peça-chave para a identificação do suspeito.
Entre o dia do desaparecimento de Thayná, em 17 de outubro e o da divulgação do vídeo, em 28 de outubro, o acusado conseguiu ficar incógnito na região e ainda vender o carro usado no rapto, de propriedade da namorada, a um queijeiro também morador de Viana. Isso mostra que não havia sequer suspeita sobre ele e que não havia qualquer progresso nas investigações, 11 dias depois do rapto.