Maior bairro do Espírito Santo, com 70 mil moradores, Jardim Camburi tem ainda duas de suas principais linhas de ônibus – 121 e 211 – com horários que causam muitos transtornos. “Eles vêm muito perto um do outro e, depois, o morador fica trinta, quarenta minutos esperando um próximo ônibus”, conta Enoque Sampaio Torres, presidente da Associação Comunitária de Jardim Camburi (ACJAC).
A situação ainda é pior, acrescenta o líder comunitário, nos limites do bairro, na área do Parque Fazendinha, ao norte, e do condomínio Atlântica Ville, a leste. “Vamos buscar conversar com o poder público pra reativar essas linhas”, anuncia Enoque, questionando a alegação da Prefeitura, de que houve redução de demanda. “A gente vê exatamente ao contrário”, contesta.
O presidente da ACJAC diz ainda que o diálogo com o prefeito Luciano Rezende (PPS) e seus secretários tem ficado cada vez pior e se acentuou após a criação da Associação de Moradores e Amigos de Jardim Camburi (Amojac), formada por membros de uma das chapas derrotadas na eleição da presidência da ACJAC.
“Essa associação tem todo apoio do Poder Público e tem dificultado o trabalho da Associação Comunitária do bairro”, denuncia Enoque, lembrando que a ACJAC foi fundada em 1980 e, até hoje, ainda não tem uma sede, pois as seguidas gestões municipais se negam a ceder um terreno para este fim, como diz a legislação.
O presidente diz ainda que um ofício com nove páginas de solicitações na área de saúde, educação, engenharia de trânsito já foi protocolado na Prefeitura desde 2016, mas nenhuma audiência com o prefeito foi conseguida até agora.