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Jejum Cívico contra a Reforma da Previdência tem início no Espírito Santo

No oitavo dia da Greve de Fome realizada por diversos movimentos sociais em Brasília, o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA) iniciou nesta quarta-feira (13) um Jejum Cívico em vários estados, sem data para terminar.

No Espírito Santo, a manifestação acontece na Assembleia Legislativa, reunindo nove pessoas, entre homens e mulheres, sendo cinco militantes do MPA, três do Sindicato dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Espírito Santo (Sindaema) e um da Central Única dos Trabalhadores (CUT). A intenção é de que amanhã mais manifestantes se somem ao Jejum, até que o projeto da Reforma da Previdência seja retirado de pauta na Câmara dos Deputados.

“Nossa luta é contra a Reforma da Previdência e também todos esses ataques aos direitos sociais, trabalhistas e humanos. Contra a vida, a soberania do povo brasileiro”, afirma Dorizete Cosme, da coordenação estadual do MPA. “Estão entregando de graça as riquezas do povo brasileiro, o pré-sal, os recursos biológicos, a própria terra!”, protesta, contra o governo Michel Temer.

 
No Estado, complementa o camponês, destaca-se ainda a privatização da água, num momento de grave crise hídrica. “Vamos permanecer no Jejum durante o tempo que for necessário”, garante.

Na última segunda-feira (11), os trabalhadores capixabas realizaram o primeiro ato relacionado à campanha contra a Reforma da Previdência, com uma manifestação pacífica dentro do Aeroporto de Vitória.

Em Brasília, a Greve de Fome teve início no dia cinco de dezembro, reunindo membros do MPA, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento das Mulheres Camponesas (MMC), Movimentos dos Trabalhadores e Trabalhadores por Direitos (MTD), Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Central Única dos Trabalhadores (CUT) e Levante da Juventude.

A suspensão do protesto só acontecerá, reafirmam as lideranças, quando a Reforma for retirada da pauta. O projeto, que tem como relator o deputado Arthur Maia (PPS-BA), pode ser votado a qualquer momento, por isso, é preciso intensificar a mobilização.

Pensado inicialmente como um Jejum Público, em que os manifestantes têm data para começar e encerrar, o protesto transformou-se em greve após a descoberta de várias mentiras disseminadas pelos deputados federais, entre elas, a de que os trabalhadores rurais não estariam incluídos nesta Reforma, o que não é verdade, pois eles estão dentro de uma emenda aglutinadora ao texto original. “Já tínhamos uma decisão de classe, de nos solidarizar com os trabalhadores urbanos, através do Jejum. Mas depois tivemos que endurecer e fazer a greve”, explica. Sergio Conti, da coordenação capixaba do MPA, é um dos manifestantes em Brasília.

Dos dez deputados federais pelo Espírito Santo, seis votarão contra a reforma da Previdência: Givaldo Vieira e Helder Salomão, do PT; Norma Ayub (DEM); Carlos Manato (SD); Paulo Foletto (PSB) ; e Sérgio Vidigal (PDT). O deputado Lelo Coimbra (PMDB), líder da maioria de Temer na Câmara, vai votar a favor da proposta. Já Marcus Vicente (PP), Evair de Melo (PV) e Jorge Silva (PHS) ainda não anunciaram posição.

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