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Morre Chico Flores

Filho de um velho comunista, músico com talento reconhecido para o cavaquinho, criado no bairro de Santa Lúcia, em Vitória, aluno de cursos de política na antiga União Soviética, apaixonado por aviação (foi piloto de um avião de pequeno porte), e jornalista combativo e querido por seus colegas de profissão. Francisco Flores Rodrigues, o Chico Flores, que todos tratavam com reverência, morreu nesta quinta-feira (14), vítima de enfarto. Ele estava hospitalizado desde o dia quatro de dezembro, no Hospital Evangélico.
 
Chico Flores tornou-se jornalista ao retornar de um longo período da União Soviética. Sua duradoura trajetória no jornalismo capixaba começou nos extintos jornal Folha Capixaba e revista Espírito Santo, além da TV Educativa. Foi depois para o jornal A Gazeta (secretário de redação) e, em seguida para A Tribuna (editor de política), onde foi um dos líderes do primeiro movimento grevista na imprensa capixaba. Para fortalecer o movimento, fez uma greve de fome na companhia do fotógrafo Romero Mendonça. Posteriormente, se tornou chefe da assessoria de comunicação da Assembléia Legislativa. Recontratado por A Gazeta, passou a escrever os editoriais do jornal.
 
Vasta experiência profissional, companheirismo, perspicácia, fino humor e a perspectiva ética e política de mundo foram suas marcas na vasta e longa trajetória de trabalho nos extintos jornal Folha Capixaba e revista Espírito Santo além da TV Educativa e dos jornais A Gazeta e  A Tribuna. 
 
Também teve vida sindical intensa. Foi um dos fundadores do Sindicato dos Jornalistas do Espírito Santo e pertenceu à sua primeira diretoria na condição de secretário geral. Ele encerrou sua carreira de jornalista com a chegada de Antônio Carlos Leite  à direção de A Gazeta. Recolheu-se à leitura em seu apartamento e era visto frequentemente fazendo caminhadas pela orla de Camburi. Nunca mais pilotou. Chico Flores deixou duas filhas e três netas.
 
O sepultamento será nesta sexta-feira (15), às 11h, no Jardim da Paz, em Laranjeitas. 

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