Doze dos dezessete vereadores já assinaram o pedido e outros dois manifestaram apoio, segundo contabilizou o presidente da Câmara, Alcântaro Filho (Rede), que oficiou a Delegacia Regional do Trabalho e o Ministério Público do Trabalho.
O estopim para a abertura da investigação foi a apresentação de um vídeo durante sessão ordinária da última segunda-feira (11), em que trabalhadores que atuam como terceirizados para o Estaleiro mostram banheiros imundos, que claramente apresentam riscos às saúde, e águas sem potabilidade jorrando de bebedouros.
A partir destas questões trabalhistas, a Comissão ampliou o interesse e espera ter “pernas” pra investigar também as condicionantes relacionadas às temáticas social e ambiental, atendendo a pleitos demandados continuamente pela moradores de Aracruz. O mais recorrente refere-se à contratação de mão de obra local, ponto de pauta número um entre os movimentos de trabalhadores existentes no município.
Alcântaro conta que participou de várias reuniões com a empresa, mas, diante da persistência dos problemas, considerou pertinente abrir a investigação.
Se a Comissão Especial realmente conseguir se debruçar sobre todas as condicionantes, irá levantar muita lama e lodo, muito mais asquerosos que os que impregnam os bebedouros e banheiros disponibilizados aos trabalhadores terceirzados no Estaleiro.
O licenciamento da Jurong é repleto de polêmicas, irregularidades, processos e fatos obscuros, denunciados por entidadades ambientalistas, comunidades impactadas e mesmo técnicos do Iema, revoltados com a omissão da diretoria da autarquia e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Seama)