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Lucia Vilarinho toma posse na presidência do Crea-ES

A engenheira civil Lucia Vilarinho, primeira mulher eleita para presidir o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), tomou posse na noite dessa sexta-feira (29), em meio a ameaças que pairam sobre o seu mandato, previstas para terem início já na próxima segunda-feira (1º). Lucia prometeu “uma nova fase, democrática, transparente e inovadora” para o Conselho. Uma de suas propostas, é mudar a imagem da entidade como “órgão arrecadador, punitivo e inoperante”.
 
Na mesma solenidade, realizada no próprio Crea-ES, também foi empossada Leila Issa como diretora geral da Mútua-ES/Caixa de Assistência aos Profissionais.
 
Na manhã dessa sexta, como se comenta entre os candidatos do sistema, a advogada da chapa da situação, Amanda Carnielli, ainda tentava anular a posse de Vilarinho, solicitando à Comissão Eleitoral Regional a cópia do mapa de votação para documentar uma liminar à Justiça Federal, em nome do candidato da situação, Geraldo Ferreguetti. Mas, como a competência das decisões sobre a tumultuada disputa passou para o Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), os dados não foram fornecidos. 
 
A esperança de Ferregueti é a inclusão dos 166 votos que obteve numa urna impugnada em Linhares no cômputo geral da votação. Assim como na campanha, marcada por denúncias de uso da máquina pelo então presidente Helder Carnielli, a votação também foi alvo acusações de fraudes e manipulação de listas de eleitores, o que atrasou a oficialização do resultado em 14 dias.
 
Além da tentativa de Ferreguetti, Lucia Vilarinho também terá que se defrontar com os esforços de outros candidatos derrotados à presidência e ainda do candidato a diretor geral da Mútua-ES, Luiz Miotto, para anular as eleições. Os engenheiros Jorge Luiz e Silva, Sebastião Silveira, Fred Rosalém e Marcos Motta chegaram a divulgara um manifesto, dizendo que não aceitariam qualquer resultado que não fosse a convocação de novas eleições. O próximo passo, segundo Jorge, será requerer a anulação das eleições na Justiça Federal, já que a plenária do Confea recusou o pedido do grupo, homologando a vitória de Vilarinho.

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