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Candidato da situação perde recurso na Comissão Federal do Confea

A derrota do engenheiro agrônomo Geraldo Ferregueti na Comissão Eleitoral do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), aparentemente, desarmou um petardo que se encontrava no caminho da presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), engenheira civil Lúcia Vilarinho, mas há outros à sua espera, plantados por adversários inconformados com o resultado das eleições ocorridas no final do ano passado. 
 
Ferregueti havia apresentado recurso à Comissão solicitando a validação dos 166 votos que recebera numa urna impugnada em Linhares, norte do Estado, o que lhe garantiria  vitória sobre Lúcia por uma diferença de 107 votos. A decisão contra ele alivia bastante as pressões sobre a nova presidente do Crea, que disse não estar nem um pouco disposta a recuar de sua posição. “Apesar de todas as tentativas dos derrotados para me tirar do cargo, continuo trabalhando pelos engenheiros, pelos tecnólogos e pelo Crea. Nada me intimida. A única coisa que lhes  peço é que respeitem a lisura das atitudes das comissões eleitorais do Crea e do Confea e, sobretudo, a decisão das urnas”, disse Lúcia.
 
O recado parece se dirigir especialmente a Ferregueti. Embora tenha inicialmente admitido que, no caso de sua derrota na Comissão Federal, “Lúcia será a presidente”, ele recuou e agora pretende recorrer à plenária do Confea, última instância para reconhecer a validade dos seus votos na urna impugnada. No entanto, a tendência é que a plenária confirme a decisão da Comissão. 
 
O primeiro vice-presidente do Crea, Fred Rosalém, também ambiciona ocupar a presidência, ainda que provisoriamente, alegando suposta vacância do cargo. Para atingir seu objetivo espera obter decisão favorável da Justiça Federal de Vitória ao pedido de liminar que apresentou na última quinta-feira (11). O resultado das eleições em dezembro revelou a fragilidade da candidatura de Fred: ele foi o penúltimo colocado entre seis candidatos, com 119 votos, ficando apenas à frente do engenheiro civil Marcos Motta, com 55. Os demais concorrentes tiveram a seguinte votação: Lúcia – 500; Ferregueti – 456; Jorge Luiz – 359; Sebastião Silveira – 283; e Radegaz Nasser – 216.
 
A outra vertente da estratégia montada pelos adversários de Lúcia relaciona-se ao pedido de investigação de fraudes eleitorais e uso da máquina administrativa do Crea. Quatro candidatos, capitaneados pelo engenheiro agrônomo Jorge Luiz e Silva, pediram à Comissão Eleitoral do Confea anulação das eleições com base em ilicitudes que teriam sido praticadas pelo antigo presidente do Crea, Helder Carnielli, para viabilizar a vitória de Ferregueti, seu candidato.
 
Qualquer que sejam os instrumentos dos candidatos derrotados para afastar Lúcia do cargo – a Justiça Federal de Vitória ou a Comissão Federal do Confea – o objetivo é um só: anular as eleições. No caso de Fred, se ele viabilizar sua presidência interina, sua missão será convocar e comandar novo processo eleitoral. 
 
O que Lúcia estranha, diante dos argumentos em defesa da invalidação dos quase dois mil votos apurados na eleição de dezembro, é que os candidatos, até agora, não tenham procurado a Polícia Federal para investigar as fraudes alegadas por eles. “Dizem ter provas disso e daquilo, mas por que não as apresentam à Polícia?” – argumenta. 

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