Funcionários do Banco do Brasil no Estado paralisaram as atividades de cinco agências do banco nesta sexta-feira (19). A paralisação começou no horário de abertura das agências e durou até às 11 horas.
Segundo informou o Sindicato dos Bancários do Espírito Santo (Sindibancários/ES), no Estado a paralisação fechou as agências do Centro e da Glória, em Vila Velha, e de Jardim Camburi, Fernando Ferrari e Jucutuquara, em Vitória.
A manifestação faz parte da mobilização dos bancários de todo o país, que realizaram o Dia Nacional de Luta em defesa do Banco do Brasil. O movimento visa evitar a reestruturação do banco.
Em nota, o Sindibancários/ES afirma que “o Banco do Brasil é um dos maiores bancos públicos do Brasil e está novamente na mira do governo Temer para privatização. A nova reestruturação anunciada no início deste ano prevê o encerramento de unidades, centralização de serviços e fechamento de 1.200 caixas nas agências em todo o país”.
O sindicato acrescenta que “além de prejudicar seus clientes, o banco também ataca os direitos dos seus empregados, que estão sofrendo com a extinção de funções, rebaixamento de salários e mudança do local de trabalho, sendo deslocados muitas vezes para longe de suas famílias”.
Entre as mudanças que o BB está promovendo estão a extinção de funções comissionadas, movimentação de caixas e escriturários, de acordo com critérios do BB. Somente a mobilização dos empregados irá barrar esses retrocessos e garantir os direitos conquistados pela categoria, diz o sindicato.
O sindicato afirma ainda que “desde a última reestruturação, há cerca de um ano, a população já sofre com o longo tempo de espera de atendimento, após o fechamento de 500 agências e transformação de outras 400 em postos de atendimento em todo o país”.
Dez mil empregados foram cortados pelo Banco do Brasil em todo o pais, segundo o Sndibancários/ES. E acrescenta que não houve nenhuma reposição do quadro.
Alerta o sindicato que “agora, a situação fica ainda mais grave com as mudanças em curso. Muitos clientes serão obrigados a migrarem para correspondentes bancários, que não oferecem todos os serviços e não garantem a segurança necessária. É preciso resistir às medidas desse governo, defendendo os direitos dos trabalhadores e as empresas públicas, preservando o patrimônio que é de todos os brasileiros!”.