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Tenente-coronel é demitido por participar da greve da PMES

O tenente-coronel Carlos Alberto Foresti foi demitido  da Polícia Militar (PMES) por participar da greve da corporação. A decisão pela demissão é do Conselho de Justificação da Polícia Militar, e foi tomada por unanimidade.  A decisão final sobre expulsão caberá ao governador do Estado. 
 
O Conselho de Justificação da Polícia Militar decidiu pela demissão do tenente-coronel Carlos Alberto Foresti por entender que o oficial teve envolvimento no movimento grevista da PM em fevereiro do ano passado.
 
No entendimento do conselho, Carlos Alberto Foresti procedeu incorretamente no desempenho de seu cargo, adotando conduta irregular e praticado ato que afetou a honra pessoal, o brio policial militar e o decoro da classe.
 
Através de mídia social, o tenente-coronel Carlos Alberto Foresti  se manifestou. “Meus amigos. Acabei de ser informado que fui considerado “culpado” pelo Conselho de Justificação da PMES a que fui submetido após o fevereiro de 2017, onde saí em defesa da tropa ferida após uma crise nervosa. Obrigado de coração  a todos vocês que acompanharam, oraram e rezaram por mim para que fosse inocentado. Mas Deus ainda está comigo porque Deus é Deus!! E me mantenho firme e forte, e espero que vocês também meus amigos e a tropa que tanto prezo sejam fortes e mantenham a fé”. 
 
Segue o oficial: “Combati o bom combate', foram quase 25 anos de muita dedicação à PMES e à segurança pública do Espírito Santo. Nunca havia sido punido antes na carreira. Obrigado à tropa que sempre me abraçou, e trabalhou comigo durante este período, obrigado a todos os amigos que fiz exercendo minha profissão por onde passei”. 
 
Ele cita as unidades onde atuou: “Batalhão de Colatina, Barra de São Francisco, Vila Velha, GRCO (Grupo de Repressão ao Crime Organizado), NUROC (Núcleo de Repressão ao Crime Organizado) Batalhão da Serra, QCG (Quartel do Comando Geral) e Ciodes/Copom (Centro de Operações da PM na Grande Vitória)”. E finaliza: “Se puderem compartilhar eu agradeço, pois muitos estavam querendo saber a decisão final do Conselho.
 
A greve da PM capixaba ocorreu no mês de fevereiro do ano passado e durou 22 dias. O tenente-coronel Foresti ficou conhecido durante o movimento pela crise nervosa que o levou para o hospital. O oficial surtou ao saber que policiais que faziam o policiamento ostensivo a pé haviam sido baleados. Ainda sob forte emoção, ele fez circular um áudio na internet que chocou quem ouviu. Um verdadeiro desabafo sobre a situação de opressão à qual os policiais estavam sendo submetidos.
 
Ele chegou a ser preso, acusado de incitar o movimento de familiares de militares, e obtete liberdade em setembro de 2017. O oficial cumpriu menagem, equivalente à prisão domiciliar, para tratar da saúde.

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