Agora é definitivo. O capixaba Antônio Carlos Ferreira foi destituído formalmente do cargo de vice-presidente corporativo da Caixa Econômica Federal (CEF). Denunciado por prática de corrupção, ele estava afastado das funções desde segunda-feira (22).
Junto com Ferreira, também foram destituídos os vice-presidente de Governo, Roberto Derziê de Sant’Anna; e a vice-presidente de Fundos de Governo e Loterias, Deusdina dos Reis Pereira.
Na noite de terça-feira (21), a diretoria a instituição bancáriadecidiu pelo afastamento definitivo, por meio da aplicação imediata do novo estatuto, aprovado pelo Conselho de Administração.
“Deliberou-se, ainda, restituir ao cargo o vice-presidente de Clientes, Negócios e Transformação Digital, José Henrique Marques da Cruz, em razão da constatação, em investigações interna e independente, de ausência de elementos suficientes para configuração de sua responsabilidade”, aponta a nota oficial da Caixa.
No mesmo expediente, o banco abriu processo de seleção para preenchimento de cargos sob a responsabilidade de empresa especializada, no período de 12 meses.
O documento cita ainda o plano de contingência de capital do banco, que vem sendo implementado desde o início de 2017, que afasta a possibilidade de indicações políticas, como ocorria há anos.
Dentre as medidas previstas no plano, destacam-se: recapitalização pelo Tesouro Nacional dos dividendos a serem pagos pela Caixa relativos aos exercícios de 2017 e 2018; a emissão de instrumentos de dívida perpétua (capital de nível I) no mercado internacional; e a securitização e venda de carteiras de crédito sem retenção deriscos.
As irregularidades que aparecem na investigação identificam vazamento de informações privilegiadas para políticos sobre andamento de pedidos de empréstimos, negociação de cargo em estatal como moeda de troca para liberação de crédito e pedidos para atender a “demandas” de políticos como garantia para a manutenção da vaga de vice-presidente.