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Risco de febre amarela faz Espírito Santo manter vacinação contra a doença

A febre amarela matou 100 pessoas das 330 contaminadas com o vírus da doença no Espírito Santo no ano passado. Há risco de recrudescimento da doença, o que exige a vacinação das pessoas não protegidas contra o agente causador da doença no Estado.
 
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afirma que os 330 casos confirmados no Estado são de febre amarela silvestre, ou seja, ocorridos na área rural. O último caso de febre amarela no Espírito Santo foi registrado em julho de 2017. 
 
Desde o ano passado, o Espírito Santo é considerado área de recomendação vacinal permanente pelo Ministério da Saúde. Nos estados vizinhos ao Espírito Santo, a doença voltou a ocorrer. Em Minas Gerais, com grande número de casos. Até agora, são 53 óbitos no país. Ao todo, foram registrados 601 casos suspeitos, dos quais 162 permanecem em investigação.
 
Nesta quinta-feira (25) a Sesa publicou informação de que “apesar do aumento de registro de casos de febre amarela nos estados vizinhos, o Espírito Santo, neste momento, não está com transmissão ativa da doença”.
 
Diz que foram distribuídas 3,5 milhões de doses da vacina e que os municípios informam que 3,07 milhões foram imunizadas contra a febre amarela em todo o Estado no ano de 2017, o que representa uma cobertura vacinal de 85,71% da população capixaba. A Sesa afirma que desde 1994 no Espírito Santo foram vacinadas um total de 3,3 milhões de pessoas, correspondendo a 94,97% de cobertura vacinal.
 
Apesar dessas informações, a Sesa assinala que ainda é preciso ficar atento. Justifica: “É que após o registro de casos, em 2017, o Espírito Santo passou a ser considerado área com recomendação permanente de vacinação pelo Ministério da Saúde. Portanto, quem ainda não foi imunizado, deve se vacinar em uma unidade de saúde. É importante ressaltar que a vacina está disponível em todos os municípios”.
 
A vacina
 
Segundo a Sesa, a vacina usada no Brasil é produzida pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), e consiste de vírus atenuados da subcepa 17DD. É considerado um imunobiológico seguro e altamente eficaz na proteção contra a doença, e dá 98% de proteção.
 
Os anticorpos protetores aparecem entre o sétimo e o décimo dia após a aplicação da vacina, razão pela qual a imunização deve ocorrer 10 dias antes de se ingressar em área de risco da doença. Ela é administrada em dose única e protege por toda a vida.
 
A Sesa informou que o bloqueio contra a doença ocorre diante do risco epidemiológico nas localidades com evidência de epizootia (morte de macacos) ou em caso suspeito de febre amarela em humano. Nessas situações, deve ser realizada a vacinação imediata da população residente ou em pessoas que vão viajar para as áreas de risco.
 
A vacina contra febre amarela deve ser administrada em pessoas a partir dos nove meses de idade, residentes ou viajantes para áreas com recomendação de vacinação. Pessoas que se deslocam para países endêmicos, conforme recomendações do Regulamento Sanitário Internacional (RSI) também devem se vacinar.
 
Quem planeja visitar os estados Acre, Amazonas, Amapá, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Bahia, Maranhão, Piauí, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Rio Grande do Sul e Santa Catarina deve ficar atento: esses locais são áreas com recomendação para vacinação. É importante que a dose seja tomada 10 dias antes da viagem, orienta a Sesa.

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