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Mofo toma conta de paredes de Banco de Leite do Hospital Infantil de Vila Velha

O banco de leite do Hospital Infantil de Vila Velha (Heimaba) tem sofrido com infiltrações, o que gera mofo nas paredes do setor. A mesma situação também ocorre na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal da unidade, o que tem levantando a hipótese de que crianças prematuras podem ser vítimas de infecção por fungos. O alerta é do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Espírito Santo (Sindsaúde-ES).
 
De acordo com um dos diretores do Sindicato, Valdecir Gomes Nascimento, a Organização Social (OS) Instituto de Gestão e Humanização (IGH), que assumiu a administração do Heimaba desde setembro de 2017, precisa, urgentemente, corrigir os problemas de infiltração que estão espalhados pelo prédio, o que tem gerado umidade e mofo em determinados setores; espalhados, por exemplo, pelas paredes da Utin e do Banco de Leite. “E não adianta raspar e pintar com cal. Tem que consertar a raiz do problema, o que tem causado as infiltrações. As paredes do Banco do Leite estão com bastante mofo e fungos. Isso pode levar as crianças a óbito”.
 
Luta contra as Terceirizações
 
O Sindsaúde-ES continua na luta contra as terceirizações do governo Paulo Hartung. Nesta terça-feira, o Sindicato realiza, nesta terça-feira (30), uma plenária de mobilização contra a mortalidade infantil, a falta de leitos, a superlotação dos corredores e a negligência criminosa das autoridades jurídicas frente à terceirização da saúde capixaba.
 
Estiveram presentes, além dos diretores do Sindsaúde, representantes dos movimentos popular, negro, estudantil, de moradia, da defesa dos direitos humanos e dos legislativos estadual e municipal de Vitória. A presidenta do Sindsaúde, Geiza Pinheiro, destacou a importância da construção de um grande ato unificado no Dia Mundial da Saúde (7 de Abril).
 
No Heimaba, por exemplo, a raiz do problema para a crise instalada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal está na baixa qualificação e inexperiência dos trabalhadores que a OS IGH  tem contratado para atuar no hospital. A OS descumpriu cláusulas contratuais que firmou com o governo do Estado. Um delas, por exemplo, proíbe a contratação de profissionais de saúde inexperientes para atuar na UTI Neonatal. Segundo o documento, são necessários, pelo menos, dois anos de experiência. 
 
O salário para esses profissionais, como técnicos de enfermagem, chega a pouco mais que o mínimo, como R$ 1.100,00 para 44 horas semanais. De acordo com denúncia do Sindsaúde-ES, o número de mortes na UTI Neonatal do Heimaba disparou depois que a OS assumiu a unidade. Em outubro e novembro de 2017, foram seis óbitos, enquanto entre janeiro e setembro do mesmo ano apenas dois. Dados mais recentes revelam, ainda, que, na virada do ano, as mortes de prematuros continuaram. Entre os dias 1 e 2 de janeiro deste ano, foram registrados mais quatro. 

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