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Cabos e soldados da PM querem sede do Saldanha da Gama

A Associação de Cabos e Soldados (ACS-ES) tem interesse na sede do Clube Saldanha da Gama, que é da prefeitura de Vitória. A ACS-ES entrou no páreo para o que entende ser uma doação do município.
 
A ACS já se candidatou ao patrimônio junto à Secretária de Desenvolvimento de Vitória, que  abriu edital de chamamento de interessados com as regras para o repasse do imóvel.
 
A concessão depende única e exclusivamente da avaliação da Secretaria de Desenvolvimento de Vitória e, segundo o vice-presidente da ACS, Cabo Noé, a associação aceitou este desafio para engrandecer a entidade e preservar o patrimônio histórico capixaba.
 
“Será uma grande conquista não só para os associados da ACS-ES, mas também para toda a sociedade capixaba, através da preservação do patrimônio histórico e incentivo ao turismo”, afirmou.
 
A ACS-ES entende que a  prefeitura de Vitoria tomou a decisão de doar o imóvel depois de duas tentativas de venda em 2017. A  venda foi frustrada por falta de interessados no Clube Saldanha da Gama. Caso haja, além da ACS-ES outros interessados, todos participarão da concorrência pública nos termos da lei orgânica. Mas, caso tenha apenas um interessado, a concorrência será dispensada.
 
A endidade dos praças da PM afirma que, sendo contemplada e recebendo o imóvel, planeja futuramente utilizar o espaço para desenvolver no local atividades sociais e esportivas aos associados e também para a comunidade da capital.
 
Forte 
 
A ACS-ES registra que o  Forte São João foi edificado no período colonial para proteger a cidade dos invasores. A fortaleza teve um papel imprescindível na defesa da Capitania do Espírito Santo, principalmente a partir de 1592, quando o navegador inglês Candish, temido em todo mundo, ameaçava invadir a ilha. 
 
Em 1767, a edificação ganhou peças de artilharia e enormes paredes de pedra que transformaram o Forte em uma figura imponente de defesa territorial. O Clube de Regatas Saldanha da Gama comprou a antiga edificação do Forte São João, em 1931. Apesar da prática de esportes ser a sua principal atividade, o Saldanha, a partir da década de 20, passou a investir em festas, concursos e eventos que animavam a elite capixaba.
 
Sempre contando com a influência de seus associados, passou por muitos reparos e reformas até 1984, quando se tornou um imóvel tombado pelo município. A partir daí, nenhuma obra que descaracterizasse a arquitetura original foi realizada. A muralha do clube é tombada em nível estadual e considerada de interesse de preservação.

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