Os capixabas que discutem a questão água no Espirito Santo estão pedindo ajuda financeira, por meio de financiamento coletivo, para participar do Fórum Alternativo Mundial da Água (Fama), que será realizado de 17 a 22 de Março de 2018, em Brasília.
A participação dos capixabas permitirá mostrar a privatizaçao e destruição dos recursos hídricos no Espírito Santo pela monocultura do eucalipto, entre outras, a poluição dos rios. Além da completa destruição do rio Doce causada pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana, Minas Gerais. O crime é de responsabilidade da Vale e da australiana BHP Billinton, sua sócia na Samarco.
A ajuda pedida pelos capixabas visa bancar transporte e alimentação. São cerca de 56 entidades do Estado que estão articuladas no Comitê Estadual do Fama. Juntos, eles vão debater a água na sua função social de verdade, como um bem comum, que deve ser usado por todos, mas também respeitado, pois é finito e vital.
“Água é direito, não mercadoria” é o lema do Fama. Além de diversos estados do Brasil, o Fama também vai contar com o apoio de países da América Latina e outras nações, como Canadá, Itália, Espanha e Palestina
O evento é um contraponto ao 8º Fórum Mundial da Água, considerado ilegítimo e antidemocrático, que também será realizado em março, em Brasília. Esse 8º Fórum vai reunir as grandes corporações excluindo a sociedade do debate, ao contrário do Fama, que será inteiramente gratuito e livre.
“Precisamos atingir a meta de 20 mil até o dia 15 de março para cobrir os custos do ônibus, cerca de R$13.400 para 56 lugares, e da alimentação para os participantes” apelam.
Os organizadores anunciam que no encerramento do Fama, no dia 22, Dia Mundial da Água, haverá uma grande manifestação, que acontecerá simultaneamente em todos os estados do Brasil que possuem os comitês do Fama pelo direito à água.