O curso vai formar sua primeira turma em julho de 2018 e a feira integra um projeto de extensão iniciado em 2017, feito em parceria com as comunidades quilombolas e os Movimentos do Pequenos Agricultores (MPA) e dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST).
A intenção é que a feira funcione quinzenalmente, em um dia da semana ainda a ser definido, e que se expanda para além dos produtos alimentícios, trazendo também a produção cultural dos camponeses, assentados e quilombolas da região.
E a parceria “é uma obrigação da universidade”, argumenta a bióloga Dalana Campos Muscardi, professora do curso do Ceunes. “Os movimentos sociais são nossos parceiros para que a gente consiga desenvolver nossa obrigação”, afirma, referindo-se à necessidade de executar projetos de extensão voltados pra comunidade externa à universidade.
O objetivo é dar visibilidade positiva aos movimentos sociais do campo, valorizando outras formas de produção de alimento, em especial a camponesa e agroecológica, que cresce na região, graças à luta dos ativistas. “São formas de luta contra o agronegócio e as produções massificadoras”, enfatiza a bióloga.
A visibilidade nesse tipo de projeto, continua Dalana, “vem derrubar essa visão deturpada que muitas pessoas têm dos movimentos sociais”, diz, mencionando o aumento da criminalização de movimentos socialmente importantes como o MST, o MPA e do povo quilombola como um todo, promovidos pelo próprio Estado.
Na própria universidade, reconhece, existe o preconceito. “Essa visão distorcida ultrapassa os muros da universidade, então nós também temos polarizações, diferenças que precisamos lidar, por isso, a importância de projetos como esse”, pondera a bióloga.
Sobre a institucionalização do preconceito e da discriminação, Dalana cita o fechamento sistemático das escolas do campo capixabas nos últimos três anos, durante a gestão do governador Paulo Hartung. “Isso nos preocupa muito, vai na contramão do que entendemos como inserção campesina na educação. Faz parte da nossa luta institucional parar esse processo, fortalecendo a escolas, formando professores”, assevera.
Com a inclusão, futuramente, da literatura, poesia, músicas e outras produções culturais, a feira vai cumprir também a função de mostrar que Educação do Campo envolve mais do que a produção de alimento. “É produção de vida, de cultura, de conhecimento”, afirma a professora.
A programação de recepção dos alunos tem início às 7h20, com um café da manhã coletivo, seguido de apresentação do corpo docente e uma aula inaugural com o escritor, poeta e filósofo Ademar Borgo, professor da Faculdade do Sul da Bahia (Fasb).
A feira estará aberta a partir das 9h, sendo que a inauguração oficial acontece ao meio-dia. Ela funcionará num espaço coberto de mais de 70m².
Confira as feiras orgânicas e agroecológicas na Grande Vitória e interior do Espírito Santo:
Vitória
Barro Vermelho: sábado, das 6h às 12h
Praça do Papa: quarta-feira, das 15h às 20h
Jardim Camburi: sábado, das 6h às 12h
Shopping Victoria Mall: quarta-feira, das 16h às 20h
Shopping Centro da Praia: sábado, das 9h às 13h
Vila Rubim: sábado, de 8h às 15h
Shopping Tiffany Center: quarta-feira, de 10h às 16h
Shopping Boulevard da Praia: quinta-feira, 14h às 19h
Parque Botânico Jardim Camburi: quinta-feira, 10h às 14h
Shopping Centro da Praia: sábado, 9h às 13h
Shopping Vitória: segunda-feira, das 16h às 20h
Catedral: quarta-feira, 14h às 18h
Praça Getúlio Vargas: quinta-feira, 8h às 12h
Ufes (IC-II): terça-feira, de 8h às 13h
Morro do Quadro: quarta-feira, 14h às 18h
Prainha de Santo Antonio: sexta-feira, 17h às 21h
Vila Velha
Praia da Costa: sábado, das 6h às 13h
Boulevard Shopping: domingo, das 11h às 16h
Coqueiral de Itaparica (3ª Etapa): terça-feira, 16h às 20h
Cariacica
Shopping Moxuara: quinta-feira, das 16h Às 19h
Campo Grande: sábado, 8h às 12h
Serra
Valparaíso: terça-feira, 16h às 20h
Serra-Sede: terça-feira, 16h às 20h
Bairro de Fátima: quarta-feira, 16h às 20h
Nova Carapina: quintas-feiras, 14h às 20h
Feu Rosa: sextas-feiras, 8h às 12h
Guarapari
Muquiçaba: sábado, 8h às 12h
Parque da Areia Preta: terça-feira, 8h às 12h
Aracruz:
Centro: sábado, 8h às 12h
Coqueiral: sexta-feira, 8h às 12h
Cachoeiro de Itapemirim:
Perim Center: domingo, 10h às 16h
Guaçuí
Praça Igreja Católica: quinta-feira, a partir das 17h
Santa Teresa
Ifes: terça-feira, a partir das 15h
Ao lado da Rodoviária: quarta-feira, a partir das 17h
São Gabriel da Palha
Centro: sexta e sábado, 8h às 12h
São Mateus:
Inocoopes: sexta-feira, 16 às 21h
Carapina: quarta-feira, 15h às 20h
Vila Valerio:
Praça José Meneguelli: quarta-feira, 15h às 18h