Em meio a muitas especulações, o vice-governador César Colnago, presidente estadual do PSDB, se articula para garantir uma cadeira na Câmara dos Deputados.
Esse é o projeto em andamento, se ele não assumir o governo em abril próximo, em substituição ao governador Paulo Hartung, que, neste caso, ficará no cargo durante oito meses e poderá se candidatar à reeleição.
Para sedimentar o terreno, Colnago vem percorrendo o interior do Estado e se reunindo com lideranças locais, a fim de capitalizar reforços à sua campanha. Ao mesmo tempo, adota medidas visando evitar a “invasão” do PSDB por forças contrárias.
Uma das últimas providências foi a resolução baixada nessa terça-feira (13) na qual ele centraliza no Diretório Estadual todas as filiações ao partido, retirando a autoridade dos dirigentes municipais.
Em protesto, os diretórios de Vitória, Serra e Vila Velha se reuniram na noite de quarta-feira (15) para organizar uma moção de repúdio ao ato de Colnago. No entanto, não houve quorum para deliberação e ficou marcada outra reunião para a próxima quarta-feira (21), com a participação de maior número de dirigentes municipais.
A partir dessa decisão, Colnago passa a exercer maior controle do partido, enfraquecendo a oposição à sua gestão, como reconhece o secretário da executiva da Serra, Charles de La Veja, que participou do encontro.
Colnago começou a intensificar suas andanças no interior em janeiro deste ano, quando assumiu pela 11ª governo, nas férias do governador Paulo Hartung. Na época, o projeto do governador transitava entre a reeleição, o Senado e uma composição nacional.
Nesse curto período de interinidade, o vice-governador visitou vários municípios, entre eles, Iúna, Afonso Cláudio, Itaguaçu e Baixo Guandu, anunciando obras e liberação de recursos.