A polêmica sobre um novo modelo de estacionamento rotativo em Vitória entrou na pauta de discussão dos vereadores. A polêmica em torno do rotativo aumentou no início de janeiro, quando o prefeito Luciano Rezende (PPS) decidiu não renovar o contrato com a empresa Covit, que detinha a concessão do serviço. Luciano esclareceu que definiria, a partir de audiências públicas, um novo sistema de estacionamento para a cidade.
Alguns vereadores, no entanto, entendem que a prefeitura só deveria suspender o contrato com a empresa a partir do momento que o outro modelo estivesse funcionando. O vereador Reinaldo Bolão (PT) alerta que até a prefeitura definir e licitar um novo modelo, o usuário ficará sem nada. Outros vareadores questionam se a Prefeitura deveria manter o serviço com o setor privado.
O vereador Vinícius Simões (PPS/foto) acha que a Prefeitura deveria reassumir a gestão do serviço.
“Eu tenho pesquisado se realmente o setor privado tem que tomar conta desse serviço, pois em Belo Horizonte [MG], o Poder Municipal é quem administra o repasse dado para o município, que é de 64%, enquanto aqui é de apenas 17%”, comparou.
Retomando a polêmica da audiência pública realizada pelo secretário de Transporte de Vitória Max da Mata, sobre uma possível licitação da empresa para gerir o novo sistema, outros parlamentar também se mostraram preocupados com o impasse. Eles também reclamem da demora para definir e implantar o novo modelo.
Segundo o vereador Serjão (PSB), há três anos se discute o estacionamento rotativo na Praia do Canto. “Já concordamos com um edital, atendendo a alguns requisitos, o mesmo foi cancelado e está sendo feito outro edital. Por isso, os questionamentos são de suma importância ”, declarou.
A preocupação foi reforçada pelo vereador Bolão, que mais uma vez alertou sobre o tempo perdido enquanto se discute se outra empresa deveria assumir o serviço. Ele cobra que uma alternativa seja implantada na cidade até que o novo sistema seja definido, licitado e comece a funcionar.
Até janeiro deste ano, o estacionamento rotativo do Centro de Vitória contava com 784 vagas e funcionava das 8 às 18 horas nos dias úteis e era liberado nos finais de semana e feriados. Para utilizar o estacionamento, era preciso ser credenciado junto aos funcionários que trabalham no local ou em locais específicos como bancas de revistas e padarias próximas ao estacionamento. O cliente recebe um cartão no valor de R$1,50 e pode permanecer no local por um período de 2 até 4 horas.
O serviço era prestado pela empresa Covit que mantinha contrato com a Prefeitura de Vitória. O contrato passou a vigorar em 2003, foi renovado em 2008 e venceu novamente em janeiro deste ano, quando o novo prefeito decidiu não renová-lo.
O secretário de Transportes Max da Mata alega que a empresa deixou de repassar à Prefeitura cerca de R$ 700 mil refentes aos últimos três anos. A empresa rebate o secretário e afirma que anão fez os repasses porque a Prefeitura não teria autorizado o reajuste da tarifa, conforme previsto em contrato. Max da Mata acrescenta ainda que a Procuradoria do município deu parecer contrário à renovação do contrato.