No Espírito Santo, a ocupação conta com cerca de 350 pessoas, na sede em São Torquato, Vila Velha, e deve durar toda a semana, com uma extensa pauta de atos e reuniões em favor de reivindicações estaduais e nacionais. Na pauta, o primeiro ponto é o assentamento das mais de 800 famílias que aguardam em 14 acampamentos em vários municípios do Estado, muitas, há mais de dez anos.
Também o fornecimento de condições básicas para o desenvolvimento dos assentamentos já estabelecidos, como habitação, crédito, educação e infraestrutura (estradas, pontes e barragens).
Já a pauta nacional replicada no Estado inclui a exigência da libertação imediata do ex-presidente Lula e a denúncia contra o desmonte do Incra pelo governo Michel Temer e contra a impunidade de crimes relacionados à Reforma Agrária, como o Massacre de Eldorado dos Carajás.
A situação de abandono dos assentamentos capixabas tem sido denunciada também na Justiça, com algumas vitórias conquistadas pelas famílias, com decisões que impõem aos órgãos responsáveis a obrigações de recuperação florestal, fornecimento de energia elétrica e abastecimento de água, e reabertura de escolas.