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Greve dos professores de Vitória continua por tempo indeterminado

A sexta assembleia dos trabalhadores e trabalhadoras em educação de Vitória, realizada na manhã desta sexta-feira (20), deliberou pela continuidade do movimento paredista iniciado há quase um mês, no dia 26 de março. Segundo o Comando de Greve, foram mais de 600 profissionais presentes, e apenas três votos contrários à manutenção do movimento.

Nem mesmo a tentativa de intermediação do Ministério Público Estadual (MPES) conseguiu fazer o prefeito Luciano Rezende (PPS) abrir um canal de negociação com a categoria. Pelo contrário, ele resolveu radicalizar, publicando ato no Diário Oficial em que convoca os professores a retornarem ao trabalho, sob pena de responderem a procedimento administrativo que pode culminar com demissão.

A intenção inicial da promotora Maria Cristina Rocha Pimentel era de reunir, na última terça-feira (17), Secretaria de Educação e Comando de Greve. Porém, diante da negativa do município, as reuniões foram feitas separadamente, na terça e quarta-feira.

“A Prefeitura diz que só negocia se a greve parar”, informa a coordenadora do Fórum de Diretores de Escolas de Vitória, Cirlane Mara Natal.

Nas redes sociais, os profissionais em greve afirmam que lutam para que seja cumprida a lei que obriga a prefeitura a recompor as perdas inflacionárias dos salários desde 2014, hoje acumuladas em 28,6%. “Nem estamos pedindo aumento!”, afirmam.

“Somos mais de 4.000 professores nessa luta que, no fundo, é pela melhoria da educação que atende a população mais carente da cidade. É uma luta por justiça social!”, argumentam.

Segundo o Comando de Greve, são mais de 35 mil estudantes sem aula na cidade. “E o principal (ir)responsável por isso é o prefeito Luciano Rezende, que não cumpre nem o compromisso de se reunir com os grevistas para negociar”, acusam, atribuindo ao chefe do Executivo uma marca: o sucateamento da educação.

A pauta de reivindicação da categoria incluir, além da reposição da inflação, a implementação do Plano Municipal de Educação de Vitória e do Plano de Cargos e Vencimentos; a concessão de licenças aos profissionais para estudo e especialização; o pagamento de ticket refeição para quem tem duas cadeiras; e o limite de 20 alunos por turma na Educação Infantil.

Para atender a essas demandas, enfatizam os trabalhadores, “basta que a prefeitura mais rica do Estado pare de reduzir a verba da educação, já que a receita tem aumentado; não se esconda atrás da Lei de Responsabilidade Fiscal, quando o gasto com pessoal está muito abaixo do percentual permitido; e dispense parte dos cerca de 800 cargos comissionados”.

A categoria continuará realizando reuniões e atos em vários pontos da cidade durante os próximos dias, até a VII Assembleia, agendada para quinta-feira (26).

Mais informações na fanpage do Comando de Greve

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