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Sindsaúde-ES denuncia jornada de trabalho acima da permitida no Heimaba

Representantes do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde no Estado (Sindsaúde-ES) enviaram, na tarde desta quarta-feira (25), ofício para a administração do Hospital Infantil de Vila Velha (Heimaba) – a cargo do Instituto de Gestão e Humanização (IGH) – para exigir o que está previsto em lei quanto a jornada de trabalho dos servidores estatutários que tenham vínculo com a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa).
 
Os servidores relatam que estão sendo impedidos de usufruir das folgas a que têm direito. “É permitido o trabalho em regime de turnos, desde que seja concedida a compensação da jornada. Uma vez que o servidor trabalhe mais do que sua jornada diária, semanal ou mensal limite, o Estado deverá compensar o servidor com folgas na quantidade de horas excedentes ao que foi feita. Não sendo possível realizar compensação, deverá o Estado efetuar o pagamento de horas extras”, diz o texto do ofício encaminhado.
 
De acordo com a entidade, este é apenas um dos problemas identificados nos hospitais que passaram pelo processo de privatização/terceirização imposto pelo governo Hartung. “Esta política do atual governador tem se mostrado perversa com os trabalhadores. Em teoria, Organizações Sociais como o IGH não têm fins lucrativos, mas esta não é a realidade encontrada na prática”, denuncia a presidenta do Sindsaúde-ES, Geiza Pinheiro.
 
Lista de problemas
 
A gestão do Heimaba é de responsabilidade do Instituto de Gestão e Humanização (IGH). No entanto, o IGH descumpriu cláusulas firmadas com o Estado, contratando, por exemplo, profissionais recém-formados para atuar na UTI Neonatal (Utin), sendo que os trabalhadores deveriam ter dois anos de experiência, no mínimo. 
 
Logo após a terceirização, denúncias começaram a chegar ao Sindicato dando conta de que as mortes tinham disparado na Utin, comparadas à época em que o hospital era gerido pelo Estado, e também a outros setores do hospital.

 

O Heimaba também sofre com problemas de infraestrutura, como mofo verificado nas paredes do banco de leite e na própria Utin, que, nas últimas chuvas, sofreu com goteiras. Há suspeitas de que prematuros tenham contraído infecção por fungos.

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