Entre familiares de alunos, membros de sindicatos, associação de moradores, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Via Campesina e vereadores, cerca de trinta pessoas passaram o dia na sede do Executivo e, àquela altura, já contavam com colchões, agasalhos e alimentos trazidos por apoiadores da causa da comunidade, que tem mais de 200 moradores.
Por volta das 20h, finalmente o prefeito se faz presente e, ao final da conversa, se comprometeu a reabrir a escola. Na ocasião, foi constituída uma comissão da comunidade para acompanhar os desdobramentos, juntamente com a Secretaria e o Conselho municipais de Educação, a Câmara de Vereadores e o Comitê de Educação do Campo.
Na manhã desta quinta-feira (3), o transporte escolar já havia voltado a funcionar, após uma semana de paralisação, quando ficou vigente o fechamento da Emuef Santa Rita e a transferência dos alunos, professora e servente para uma outra escola municipal, na comunidade de Água Limpa, a 14 km de distância.
Nesse período, os familiares se recusaram a enviar seus filhos e dois dos três professores, mais a servente, continuaram trabalhando, voluntariamente, para que as crianças não perdessem conteúdo.
“Esperamos que agora volte mesmo tudo ao normal”, disse a professora Arlene Viana Rocha do Nascimento.
Durante a mobilização em favor da reabertura da escola, os manifestantes deixaram claro que a luta é em favor da Educação do Campo de todo o município – que já teve outra escola fechada na zona rural – e do Espírito Santo, onde o governador Paulo Hartung já fechou mais de 40 escolas desde que assumiu o Palácio Anchieta.