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Nova secretária de Direitos Humanos é desconhecida de militantes da área

Representantes de entidades que atuam na área de Direitos Humanos no Estado consideram a nova secretária de Estado da pasta, Gislene Passon Picoretti Francischetto, empossada nesta semana, uma completa desconhecida na militância dos movimentos sociais e também na própria área em que vai atuar. Gislene substitui Júlio Pompeu, que se afastou do governo para disputar as eleições como deputado estadual pelo PDT.
 
Professora do curso de Direito da Faculdade de Direito de Vitória (FDV), Gislene é doutora em Direito e, de acordo com informação do governo do Estado, tem atuação em Direito do Trabalho e Direitos Humanos. Gislene também tem livros publicados na área de Direito do Trabalho e Educação.
 
“Não a conheci na militância, que faço há pelo menos 25 anos”, disse o militante do Movimento Nacional de Direitos Humanos e membro do Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra (CDDH), Gilmar Ferreira. Segundo ele, a nova secretária vai encontrar uma política de Direitos Humanos elaborada e aprovada, que está contida no Programa Estadual de Direitos Humanos (PEDH), documento referendado na Conferência Estadual de Direitos humanos. 
 
“Espero e torço para que a nova secretária consiga sensibilizar o governador para a importância da implementação dessas políticas. Considero que ela tem um tempo curto para isso porque chega para a Secretaria nos últimos meses do terceiro mandato do governador PH, cuja a opção pelo austericismo não considera essa política  relevante. Ela poderia também mover esforços para a implementação do Mecanismo Estadual de Prevenção e Erradicação à Tortura no Estado (MEPET) e no fortalecimento da Defensoria Pública”. 
 
Já a articuladora do Movimento Nacional de Direitos Humanos, Galdene Santos, disse que conversou com outras lideranças que militam há anos na área e a constatação foi de que a nova secretária é desconhecida. “Não a conhecemos, foi uma surpresa. O Júlio Pompeu também era professor, mas circulava. De qualquer forma, esperamos que faça uma boa gestão, respondendo às demandas da Secretaria e que possa abrir o diálogo com as entidades que militam na área dos Direitos Humanos”. 
 
Déborah Sabará, por sua vez, empossada recentemente como presidente interina do Conselho Estadual de Direitos Humanos, argumentou que apenas um currículo acadêmico não é garantia de boa gestão na área. “Não a conheço, mas pesquisei sobre a nova secretária. Vi que ela tem muitos títulos, mas isso não é o mais importante. O que importa é o compromisso com a vida”. 

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