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Prefeito convida empresários para reunião sobre Parque Tecnológico

O prefeito de Vitória, Luciano Rezende (PPS), convidou os empresários do ramo de tecnologia para uma reunião nesta quarta-feira (9), às 18h30. O encontro, que será realizado no gabinete do prefeito, foi intermediado pelo vereador Fabrício Gandini (PPS), ex-secretário municipal e aliado do prefeito. O assunto envolve a polêmica em torno do Plano Diretor Urbano (PDU), mais especificamente sobre o Parque Tecnológico. 
 
Rezende, que está no prazo final para vetar ou sancionar o PDU, Projeto de Lei nº 290/2017, cuja redação final foi aprovada pela Câmara no dia 24 de abril, quer ouvir os empresários que não aceitam o uso misto da área, o que também foi aprovado pelos vereadores.
 
No caso do Parque Tecnológico, alguns empresários do ramo já se mostraram desiludidos com a possibilidade da área exclusiva na Capital e estão se movimentando para encontrar regiões disponíveis em outras cidades. Esse é o caso do CEO da Frameyou Soluções de Marketing Simplificado, Marcos Martins Ribeiro.
 
“Não existe nenhuma legislação para formação de Parque Tecnológico no Brasil que inclua uso residencial dentro de regiões urbanas e/ou metropolitanas. Vitória não tem mais área disponível, então, estamos pensando em outros municípios”, disse Ribeiro, que, no entanto, aprovou a iniciativa do prefeito em chamar os empresários para a reunião. 
 
Marcos Ribeiro é um dos integrantes do corpo fundador da futura Associação Capixaba de Empreendedorismo, Inovação e Start Up (ACEIS), formada a partir da necessidade de uma entidade representativa com foco no fomento e desenvolvimento. Também há insatisfação com o Sindicato das Empresas de Informática (Sindifo-ES), considerada restritiva e tradicionalista.

“A Associação será mais abrangente e representará também empresas que usam a tecnologia como meio e não apenas como fim. Nosso objetivo é seguir o modelo da Acate de Santa Catarina, de desenvolver e fomentar os quatro pilares fundamentais de qualquer ecossistema de inovação: Ideação, Preparação (pré-incubação/pré-aceleração), Desenvolvimento (Incubação/Aceleração) e Ambiente de Investimento”, explicou Marcos Ribeiro.

 
Já a diretoria do Sindinfo já se manifestou publicamente dizendo que houve manipulação da empresa dona de parte da área, o Grupo Dadalto, que prefere o uso imobiliário. A empresa teria, inclusive, levado funcionários para ampliar votação a favor do uso misto na audiência pública que tratou do assunto. 
 
A implantação de um Parque Tecnológico na Capital é uma discussão de mais de 20 anos e que já teria sido encerrada pelo uso exclusivo. 
 
O que é? 
 
O PDU é a lei que regulamenta como a cidade crescerá e se organizará em diversos aspectos, como as áreas para crescimento imobiliário e comercial, a altura de prédios, as zonas de proteção ambiental e diversas questões importantes. A cada 10 anos essa nova lei precisa ser discutida com a população e aprovada pelos vereadores.
 

A votação do PDU ocorreu no dia 27 de março deste ano. Do total de vereadores, nove votaram a favor do uso misto do Parque tecnológico. São eles: Cleber Felix (PROG), Dalto Neves (PTB), Davi Esmael (PSB), Denninho Silva (PPS), Max da Mata (PDT), Nathan Medeiros (PSB), Neuzinha de Oliveira (PSDB), Sandro Parrini (PDT) e Wanderson Marinho (PSC). Cinco, por sua vez, foram contrários: Leonil (PPS), Luiz Paulo Amorim (PV), Waguinho Ito (PPS), Mazinho dos Anjos (PSD) e Roberto Martins (PTB). Vinicius Simões (PPS), presidente da Casa, só votaria em caso de empate técnico.

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